Minha Vida em Marte
- Direção: Susana Garcia
- Duração: 70 minutos
- Ano: 14
Resenha por Helena Galante
Desde 2005 às voltas com Fernanda, a protagonista do megassucesso Os Homens São de Marte… e É pra Lá que Eu Vou, Mônica Martelli sobe ao palco plenamente confortável no papel da mulher sincerona que abre o coração sobre as suas desventuras amorosas. No novo monólogo, Minha Vida em Marte, ela transforma o público em ouvinte/cúmplice de uma terapia na qual conta as dificuldades que enfrenta para manter vivo o casamento de oito anos com Tom, pai da pequena Joana, de 5 anos. Os poucos elementos que compõem as cenas, como os figurinos de Marcella Virzi, que sutilmente despem Fernanda de suas camadas de proteção, e o cenário de Flávio Graff, que inclui uma cama na vertical, dão charme à montagem. Mas é a precisão da intérprete na descrição de cenas como a clássica “viagem para a serra”, em busca de reacender a paixão, que desperta gargalhadas ruidosas nas mulheres (e nos homens) da plateia. Todos acabam se entregando e revelando um pouco da sua própria história através das reações. Mônica não esconde os traços biográficos da trama e afirma que precisou esperar seis anos da sua própria separação para olhar com humor para a delicada situação. Quem assina a direção é Susana Garcia, irmã de Mônica e peça fundamental para a feliz descoberta de que a realização (e também o amor) não depende só das relações conjugais (70min). 14 anos. Estreou em 17/8/2018.