Kardec
- Direção: Wagner de Assis
- Duração: 110 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: Brasil
- Ano: 2018
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Embora tenha feito o modesto A Menina Índigo (2016) após Nosso Lar (2010), o diretor Wagner de Assis dá um salto qualitativo entre o filme espírita que o revelou e o novo Kardec. Com produção de época requintada e locações em Paris, a cinebiografia de Allan Kardec é um passo mais ambicioso na carreira do realizador. Kardec, na verdade, era o pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail (papel de Leonardo Medeiros, na foto), que, por volta dos anos 1850, deixou a carreira de professor em um colégio católico e passou a lecionar em casa. Ao escutar de amigos que as “mesas girantes” estavam ganhando fama em Paris, decidiu ver de perto o fenômeno. Muito cético, só foi acreditar que os espíritos conseguiam se manifestar em pessoas com poderes mediúnicos quando conheceu duas crianças e uma senhora que psicografavam mensagens. Foi então que ele escreveu O Livro dos Espíritos. O filme, baseado na obra homônima de Marcel Souto Maior, tem estrutura didática, falta naturalidade nas atuações e a emoção evapora nas sequências mais sensíveis. Direção: Wagner de Assis (Brasil, 2019, 102min). 12 anos. Estreou em 16/5/2019.