Jorginho e o Dragão Camaleão
- Direção: Dario Uzam
- Duração: 53 minutos
Resenha por Bárbara Öberg
Para marcar seus quinze anos de trabalho, a Cia. Articularte traz uma nova peça para incluir em seu repertório, que conta com acertos como O Trenzinho Villa-Lobos e A Cuca Fofa de Tarsila. Conhecida por seu competente trabalho com teatro de bonecos, a trupe leva agora ao palco Jorginho e o Dragão Camaleão. O enredo conta a história de Jorginho, que vive em uma vila com seus amigos Ditinho, Luzia e Chiquinho. Durante mais um dia de muitas brincadeiras, eles são surpreendidos por um dragão faminto que tenta atacá-los, mas acaba morto pelo protagonista. A felicidade dos personagens dura pouco: a fera ressuscita e volta a tirar o sossego do local. Para descobrir como derrotar o monstro, Jorginho pede ajuda a Longuinho, personagem que faz referência a São Longuinho, e os dois descobrem que o Dragão Camaleão perdeu o coração e se tornou imortal. A dupla, então, se divide. Jorginho fica na aldeia com sua turma lutando contra o esperto bicho, enquanto Longuinho vai até o fim do mundo em busca do tal coração. Manipulados com destreza por Rafael Francisco, Gabriela Zenaro, Luana Oliveira e Daniela Oncala, os bonecos feitos por Surley Valério (uma das fundadoras da companhia e também manipuladora) mostram os cuidados dela com os detalhes. Mas o desenrolar da peça, dirigida e escrita por Dario Uzam, deixa um pouco a desejar. Por trazer muitos elementos e personagens, alguns deles aparecem sem ser apresentados e podem deixar o público confuso. Estreou em 4/4/2015. Até 26/4/2015.