Jesus Cristo Superstar
- Direção: Jorge Takla
- Duração: 130 minutos
- Recomendação: 14 anos
Resenha por Dirceu Alves Jr.
Criada por Andrew Lloyd Webber e Tim Rice em 1970, a ópera-rock ressuscitou discussões por onde passou nas últimas quatro décadas. Jesus Cristo, Judas Iscariotes e Maria Madalena (interpretados respectivamente por Igor Rickli, Alírio Netto e Negra Li) são apresentados aqui cheios de crises e contradições. Dirigida por Jorge Takla, a atual montagem enfoca a derradeira semana de Jesus, desde a chegada a Jerusalém até o dia da crucificação. Figura mobilizadora da atenção popular, o protagonista desperta a inveja de uns, como a do amigo Judas, e a preocupação dos que detêm o poder, envolvendo-se em embates políticos. Takla reforça a ascensão meteórica do personagem a ídolo pop — e o carisma de Rickli colabora muito para isso. A plateia acompanha seu apogeu e crucificação como se ele fosse uma celebridade fabricada no século XXI. Em um crescente, a dramaturgia em versos seduz. Se Negra Li se destaca mais pela afinação, Netto e Rickli sublinham nuances dramáticas de Judas e Jesus. Chamam atenção também as atuações de Fred Silveira, como Pilatos, e Wellington Nogueira, responsável por um dos melhores momentos na pele de Herodes. Estreou em 14/3/2014. Até 1º/6/2014.
Números grandiosos: 28 atores e uma orquestra de onze instrumentistas, sob a direção musical de vânia Pajares, estão no palco. O espetáculo soma 26 números divididos em dois atos.