Ivald Granato

Resenha por Laura Ming

Um dos pioneiros da performance no Brasil, Ivald Granato tem seus cinquenta anos de carreira revistos na mostra Registro Arte Performance, em cartaz na Caixa Cultural. Entre as 130 obras estão fotografias de seu primeiro trabalho, A Safada de Copacabana, no qual, com apenas 15 anos, o artista aparecia vestido de mulher. Para sorte do público, Granato tinha o cuidado de fazer colagens, desenhos e pinturas com essas imagens históricas, imprimindo aos registros seu jeito frenético e debochado de ver o mundo. No conjunto, que conta também com obras recentes, percebe-se que o artista fluminense de 65 anos, nascido em Campos, via a performance como um grandioso ato visceral. “A gente era racional e completamente louco ao mesmo tempo”, conta. Em pequenos monitores, é possível assistir em vídeo a quase setenta ações, a exemplo de Mitos Vadios, realizada em parceria com Hélio Oiticica em 1978. No dia 28 de março, às 11 horas, ele deve refazer, ao lado de uma mulher nua, a apresentação Quando Cortei Meu Cérebro, originalmente criada na antiga boate Gallery, de 1987. Além dos filmes, completam a exposição pôsteres e peças de vestuário utilizadas por Granato. De 7/3/2015. Até 10/5/2015.

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