Guignard e o Oriente: China, Japão e Minas
Resenha por Jonas Lopes
![Paisagem Imaginante, óleo sobre madeira de 1950: inspirado por chineses, o pintor abole as noções clássicas de perspectiva e profundidade Paisagem Imaginante, óleo sobre madeira de 1950: inspirado por chineses, o pintor abole as noções clássicas de perspectiva e profundidade](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/paisagem-imaginante-guinard-oriente.jpeg?quality=70&strip=info&w=928&w=636)
![Tarde de São João integra a mostra Guignard e o Oriente: China, Japão e Minas Tarde de São João integra a mostra Guignard e o Oriente: China, Japão e Minas](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/guignard-tarde-de-sao-joao-dec-de-1950-oleo-sobre-tela.jpeg?quality=70&strip=info&w=465&w=636)
Pintor das festas de São
João, das cenas bíblicas e dos panoramas bucólicos
de Minas Gerais, o modernista Alberto da
Veiga Guignard (1896-1962) ganha uma leitura
inusitada e ainda pouco explorada de sua produção.
Guignard e o Oriente: China, Japão e Minas
busca traçar relações entre a arte oriental e o artista
fluminense radicado em terras mineiras nas
duas últimas décadas de vida. Para tanto, os curadores
Paulo Herkenhoff e Priscila Cunha reuniram
cerca de 100 obras, sendo 45 telas e desenhos de
Guignard. O restante compõe-se de gravuras japonesas,
móveis, objetos e pinturas do chinês
Zhang Daqian (1899-1983), que viveu um período em São Paulo durante os anos 50. A China é o país
“do lado de lá” mais absorvido pelo brasileiro,
pela abolição de noções clássicas de perspectiva
e profundidade. Do Japão, as referências são, sobretudo,
as gravuras ukiyo-e (pintura do mundo
flutuante, em português), devido às combinações
cromáticas luminosas. Até 29/08/2010.