Guignard e o Oriente: China, Japão e Minas
Resenha por Jonas Lopes
Pintor das festas de São
João, das cenas bíblicas e dos panoramas bucólicos
de Minas Gerais, o modernista Alberto da
Veiga Guignard (1896-1962) ganha uma leitura
inusitada e ainda pouco explorada de sua produção.
Guignard e o Oriente: China, Japão e Minas
busca traçar relações entre a arte oriental e o artista
fluminense radicado em terras mineiras nas
duas últimas décadas de vida. Para tanto, os curadores
Paulo Herkenhoff e Priscila Cunha reuniram
cerca de 100 obras, sendo 45 telas e desenhos de
Guignard. O restante compõe-se de gravuras japonesas,
móveis, objetos e pinturas do chinês
Zhang Daqian (1899-1983), que viveu um período em São Paulo durante os anos 50. A China é o país
“do lado de lá” mais absorvido pelo brasileiro,
pela abolição de noções clássicas de perspectiva
e profundidade. Do Japão, as referências são, sobretudo,
as gravuras ukiyo-e (pintura do mundo
flutuante, em português), devido às combinações
cromáticas luminosas. Até 29/08/2010.