Guerra Fria

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

Guerra Fria ganhou vários prêmios importantes, como melhor direção no Festival de Cannes, e chega ao Oscar com três indicações: melhor filme estrangeiro, diretor (Pawel Pawlikowski) e fotografia. O cineasta e roteirista polonês cobre um período de quinze anos da vida dos protagonistas, Wiktor e Zula, papéis de Tomasz Kot e Joanna Kulig. Eles se conhecem em 1947 ao integrar um grupo de cantores e dançarinos. Há um flerte e diferenças de posicionamento político. Apaixonados, vão se separar após o pianista Wiktor, fã de jazz (banido da Polônia comunista), fugir para Paris. Zula faz carreira na música folclórica. Pawlikowski (de Ida) traz a estética dos enquadramentos perfeitos e da primorosa direção de fotografia em preto e branco para acompanhar essa história de amor. Em elipses, o roteiro é composto dos encontros e desencontros do casal. Mas a forma impessoal como o realizador costura a paixão dos protagonistas dá distanciamento do espectador ao relacionamento deles. Além disso, a condução fria congela os sentimentos. Direção: Pawel Pawlikowski (Zimna Wojna, Polônia/Inglaterra/França, 2018, 89min). 14 anos.Estreou em 7/2/2019.

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