Graças a Deus
- Direção: François Ozon
- Duração: 137 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: França e Bélgica
- Ano: 2019
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Livremente inspirado em caso real, Graças a Deus tem um tema polêmico e atual, abordado com seriedade e elegância em roteiro bem estruturado. Trata da acusação de pedofilia contra o padre Bernard Preynat. A história começa com as memórias de Alexandre (Melvil Poupaud), um consultor de telecomunicações, casado e pai de cinco filhos. Ele lembra que, quando criança, foi molestado pelo padre, e, ao saber que Preynat está de volta a uma paróquia de Lyon, decide fazer a denúncia. O crime, porém, já está prescrito, mas, mesmo assim, Alexandre quer que o cardeal Barbarin o excomungue da Igreja. A partir daí, a trama vai se abrindo, deixando esse personagem de lado e focando em outras três vítimas: ex-escoteiros, também abusados pelo sacerdote e interpretados por Denis Ménochet, Swann Arlaud e Éric Caravaca. Roteirista e diretor, o francês François Ozon “ouve” ambos os lados para chegar a um resultado que, embora provoque mal-estar, é necessário vir à tona. Direção: François Ozon (Grâce à Dieu, França/Bélgica, 2018, 127min). 14 anos. Estreou em 20/6/2019.