Fernando Pessoa, Plural Como o Universo

Resenha por Jonas Lopes

O Museu da Língua Portuguesa
dá continuidade às mostras dedicadas a escritores
essenciais do idioma. Depois de Guimarães
Rosa, Clarice Lispector, Gilberto Freyre e Machado
de Assis, chegou a vez de um poeta português
popularíssimo no Brasil — Fernando Pessoa (1888-1935). A partir da frase “sê plural como o universo”,
a montagem, que tem cenografia de Hélio
Eichbauer, explora a personalidade multifacetada
de Pessoa por meio de instalações audiovisuais e
interativas. Cada um de seus heterônimos mais conhecidos
(Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e
Ricardo Reis), além de Bernardo Soares, ganhou
uma espécie de cabine. Com o movimento do braço,
o espectador pode virar a página dos versos
projetados em paredes do espaço. Outra atração é
uma sala cujo jogo de espelhos multiplica a imagem
do visitante — ao fundo, ouvem-se poemas
recitados. Há ainda documentos raros, a exemplo
da primeira edição de Mensagem e de fac-símiles
de cartas e manuscritos. Prorrogada até 20/02/2011.

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