Exposição de Henri Matisse

Resenha por Jonas Lopes

Valeu a espera pela primeira individual brasileira do francês Henri Matisse (1869-1954), um dos mais importantes nomes da arte no século XX. Mesmo sem as emblemáticas A Dança e A Alegria de Viver, a “microspectiva” (definição da curadora Emilie Ovaere) Matisse Hoje reúne um conjunto magnífico de 93 trabalhos, divididos em pinturas, esculturas, gravuras, colagens e documentos pessoais. Telas como Natureza-Morta com Magnólia (1944) e Odalisca com Calça Vermelha (1921) deixam clara a obsessão do mestre em criar harmonia entre cor e luz, preocupação notável desde o início ainda marcado pelo impressionismo, passando pelo célebre período fauvista até chegar aos divertidos papéis recortados produzidos no fim da vida. As únicas ressalvas ficam para alguns textos pouco legíveis na parede e, infelizmente, para os cinco franceses contemporâneos exibidos paralelamente, que não mantêm o nível de qualidade do gênio.

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