Eu Fico Loko

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

Christian Figueiredo escreveu três livros, tem 22 anos e 7 milhões de assinantes no YouTube. Seu canal também deu nome ao filme sobre sua adolescência, muito bem retratada em Eu Fico Loko. Embora o público-alvo sejam os fãs do youtuber, há no longa-metragem uma história de superação capaz de agradar a qualquer geração. O foco do roteiro está nos 15 anos de Christian (interpretado por Filipe Bragança) e em suas primeiras investidas à frente de uma câmera portátil. Ao lado de um (o único) amigo (José Victor Pires), o adolescente recriava cenas de terror que davam traço na audiência. Virgem, desajeitado e dotado de uma charmosa timidez, o garoto tinha o coração dividido entre Alice (Geovana Padalino), a amiguinha de infância, e Gabriela (Giovana Grigio), a colega descolada. As batidas eletrônicas da deliciosa trilha sonora de Alok pontuam momentos de humor e do romantismo das primeiras paixões. Trata-se, sobretudo, de um registro antenado com os tempos modernos que, além de não se perder na vulgaridade (comum em comédias do gênero), finca o pé na trans formação do “perdedor” em celebridade do universo virtual. Estreou em 12/1/2017.

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