Entardecer
- Direção: László Nemes
- Duração: 141 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: Hungria, França
- Ano: 2018
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Filho de Saul é um filme tão desconcertante e criativo na abordagem da II Guerra que, não à toa, recebeu vários prêmios, inclusive o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2016. A expectativa em torno do segundo longa-metragem do diretor húngaro László Nemes era imensa, mas Entardecer decepciona. Saul era imersivo, compacto e denso. Já o novo trabalho se lança numa história de tema de interesse restrito, arrastada e muito, muito longa. Começa em 1913 com a chegada da jovem Íris Leiter (Juli Jakab, na foto) a Budapeste, uma das capitais do Império Austro-Húngaro (a outra era a abastada Viena). Ela procura emprego numa loja de chapéus que pertenceu aos seus pais, mortos num incêndio. Íris não é bem recebida pelo dono, mas, mesmo assim, decide permanecer na cidade e buscar trabalho. Descobre, então, que tem um irmão. O realizador usa duas horas e vinte minutos na peregrinação da protagonista e, por meio de seus olhos, capta a essência de um império em ruínas, o que seria a gênese da I Guerra Mundial. Direção: László Nemes (Napszállta, Hungria/França, 142min). 14 anos. Estreou em 2/5/2019.