Dolittle

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

Dr. Dolittle teve duas versões famosas: com Rex Harrison, em 1967, e com Eddie Murphy, em 1998. Mais de vinte anos depois, o personagem ganha o corpo de Robert Downey Jr. — Dolittle é o primeiro filme do astro depois de várias encarnações como Tony Stark/Homem de Ferro. A trama começa instigante ao mostrar como o doutor do título ficou recluso após o desaparecimento de sua esposa numa expedição oceânica. Por ser excêntrico e ter o dom de falar com os bichos, o médico é chamado para curar a rainha da Inglaterra. Ele descobre, então, que ela foi envenenada e, ao lado de seu aprendiz (Harry Collett), embarca numa missão pelos oceanos para encontrar o antídoto. A partir daí, o filme naufraga. Os animais em computação gráfica, a mesma técnica de O Chamado da Floresta (leia abaixo), são fofos e garantem alguns risos… amarelos. De tanto rebuscar o original, o roteiro demonstra cansaço e apela para estereótipos, como os tipos vilanescos interpretados por Antonio Banderas e Michael Sheen. Direção: Stephen Gaghan (EUA/China/Inglaterra, 2020, 101min). 10 anos. Estreou em 20/2/2020.

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