Das Mãos e do Barro

Resenha por Julia Flamingo

Nos povoados guaranis de Itá e Tobatí, no Paraguai, fazer cerâmica é um papel tradicionalmente concedido às mulheres. De mãe para filha, o trabalho manual é ensinado e praticado em meio a tarefas diárias como cozinhar ou amamentar. Para compor a inusitada mostra Das Mãos e do Barro, em exibição nos dois espaços da Millan, a celebrada curadora Aracy Amaral escolheu 114 peças de três artistas paraguaias. No Anexo, são apresentados os trabalhos das irmãs Carolina e Ediltrudis Noguera. Enquanto a primeira decora utensílios como vasilhas e gamelas com anjinhos satíricos, a segunda apresenta criações fartas de figuras humanas ou de animais. As peças são mais rústicas do que as elegantes esculturas de Julia Isídrez, que embelezam a vizinha Galeria Millan. Suas formas inventadas constroem genuínas obras contemporâneas (não à toa, ela participou da Documenta de Kassel, em 2012, uma das mostras mais importantes do mundo). Ao trazerem as peças para dentro da galeria, os organizadores fazem com que a notável montagem quebre o antigo paradigma que estabelece uma oposição entre o que seria arte e o artesanato tradicional.

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