Cyrano Mon Amour

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

Alexis Michalik, de 36 anos, escreveu o roteiro Edmond para o cinema. Como não conseguiu viabilizar o projeto, montou uma peça que, depois do enorme sucesso, virou, finalmente, um longa-metragem. Cyrano Mon Amour não se prende à realidade e é uma bela celebração do teatro, sobretudo do criador de Cyrano de Bergerac. Amargando uma crise de inspiração na Paris de 1897, o poeta Edmond Rostand (papel do ótimo Thomas Solivérès, no centro da foto) precisa elaborar um texto para o astro Constant Coquelin (Olivier Gourmet). Casado e pai de duas crianças, ele não tem como sustentar a família. Aos poucos, uma ideia vai brotando. O ator Volny (Tom Leeb) quer conquistar uma camareira, mas não possui o dom das palavras. Amigo dele, Edmond torna-se o escritor de suas cartas de amor. Em tom de vaudeville, o delicioso roteiro mostra com humor sagaz os bastidores teatrais na França do século XIX. Se foi verdade ou não, como disse Michalik numa entrevista, pouco importa. Direção: Alexis Michalik (Edmond. França/Bélgica, 2018, 110min). 14 anos. Estreou em 27/6/2019.

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