Chichico Alkmin, fotógrafo

Resenha por Tatiane de Assis

Há mostras que não precisam de muito tempo para envolver os visitantes. É o caso de Chichico Alkmim, Fotógrafo. A poucos passos da porta que dá acesso à exposição, fotos de personagens anônimos, com mais de 2 metros de altura, impressionam quem entra no IMS. É quase impossível, a partir dali, não querer conhecer mais da produção do profissional mineiro autodidata. Francisco Augusto Alkmim (1886-1978) fotografou a vida na cidade de Diamantina (MG) no começo do século XX. Fez uma leitura complexa que abarcava desde o lazer até problemas sociais. Do acervo de 5 000 negativos, o curador carioca Eucanaã Ferraz escolheu cerca de 300 fotos, organizadas em seis núcleos. Uma das seções, por exemplo, apresenta a veia musical do município por meio de um fascinante grupo de foliões. “A sofisticação das fantasias é impressionante. As pessoas estão muito à vontade, e, ao mesmo tempo, perfeitas em suas poses”, comenta Ferraz. Há ainda um sétimo espaço, com um documentário sobre Chichico. Até 15 de abril.

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