Chacrinha – O Velho Guerreiro

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

Abelardo Barbosa, nascido em Pernambuco, era músico de um navio que, em 1939, atracou no Rio de Janeiro. O rapaz ficou encantado pela cidade e resolveu trabalhar por lá. Tinha talento para a comunicação popular e não demorou para dar uma guinada nas conservadoras publicidades do rádio. Nasceu Chacrinha, vieram os programas de auditório e os altos e baixos da TV. Depois do bem-sucedido musical no teatro, Chacrinha — O Velho Guerreiro chega ao cinema em longa-metragem também dirigido por Andrucha Waddington. Como em quase toda cinebiografia, que pretende cobrir da juventude à velhice em duas horas, o filme apresenta lacunas e há figuras importantes mal aproveitadas, como a jurada Elke Maravilha, interpretada por uma Gianne Albertoni sem sal. Eduardo Sterblitch (na fase jovem) e Stepan Nercessian conseguem, contudo, driblar as deficiências com o carisma, a irreverência e o temperamento explosivo do biografado. Direção: Andrucha Waddington (Brasil, 2018, 114min). 12 anos. Estreou em 8/11/2018.

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