Bug Chaser – Coração Purpurinado
- Direção: Davi Reis
- Duração: 70 minutos
- Recomendação: 16 anos
Resenha por Dirceu Alves Jr.
O ator Ricardo Corrêa não temeu polêmicas na concepção do monólogo Bug Chaser — Coração Purpurinado. Idealizador do projeto, ele também criou a dramaturgia para falar de um tema urgente: a relação entre risco e prazer quando um homem dispensa o preservativo na prática de sexo com parceiros soropositivos. A história é centrada em Mark, advogado que, durante uma quarentena, passa por uma avaliação em um programa de inteligência artificial. Meio juíza, meio psicóloga, a voz que o interroga (o ator Leonardo Souza) tenta entender as motivações que levam o personagem a se envolver com portadores do vírus da aids. A embalagem futurista não afasta a plateia das emoções de Mark, pelo contrário. A história é apresentada de maneira direta, crua, e, graças ao desempenho intenso de Corrêa, fica fácil envolver-se com os relatos em torno das primeiras experiências sexuais, do sofrimento diante da rejeição social e da autopunição a que o personagem se submete. Estreou em 6/7/2017. Até 30/11/2017.