Boi Neon
- Direção: Gabriel Mascaro
- Duração: 101 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: Brasil
- Ano: 2015
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Do pretensioso (e vazio) Ventos de Agosto, o diretor pernambucano Gabriel Mascaro pulou para Boi Neon, longa-metragem que rodou o mundo e foi premiado em diversos festivais no exterior. Há uma melhoria em relação ao trabalho anterior, a começar pelo enredo. Iremar (Juliano Cazarré) trabalha em vaquejadas no Nordeste e vive, como amigo, na companhia de Galega (Maeve Jinkings) e da filha dela (a fofa e talentosa Alyne Santana). A ambição de Iremar é outra: ele gosta de costurar e bordar vestidos, além de se preocupar com o visual de Galega. Embora tenha um bom (e original) ponto de partida, o filme não se concretiza. A trama se arrasta em situações rasas e, para polemizar, há cenas de nudez de Juliano Cazarré (o Merlô da novela A Regra do Jogo), incluindo uma forte sequência de sexo com uma grávida. Ao invés de aprofundar o tema do vaqueiro “feminino”, o cinesta apela para o choque. Estreou em 14/1/2016.