Balneário – Mano Penalva

Resenha por Julia Flamingo

"Tudo Passa" é a frase estampada numa cortina com bolinhas de madeira, que se destaca entre as obras expostas na Central Galeria. Assinada pelo baiano Mano Penalva, a obra remete aos típicos bancos de táxi brasileiros. Esse e outros trabalhos da mostra Balneário dizem respeito a costumes nacionais, sejam eles produtos, crenças ou deslocamentos. Nas paredes do espaço, por exemplo, telas são cobertas por sacolas de nylon, lona e elásticos, remetendo aos embrulhos típicos de viajantes ou comerciantes. Apesar de não estar alinhada com a seleção de peças para a mostra, também se destaca a peça Janeiro, que faz lembrar as caixas de areia japonesas: o movimento circular de hastes de madeiras fazem desenhos na areia branca jogada no chão. Esta é a primeira mostra do artista de 29 anos na galeria: mais uma aposta dos seus jovens diretores, cujos olhos treinados trazem para o espaço artistas que ainda não estão integrados ao mercado.

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