A Arte da Tapeçaria – Tradição e Modernidade

Resenha por Jonas Lopes

Criada na metade do século XX, em uma pequena cidade de Portugal, a tapeçaria de Portalegre resulta em peças únicas, em contraste com a produção em série das tapeçarias tradicionais. Um painel de sua utilização por artistas plásticos pode ser visto na mostra. Foram reunidas obras de 39 nomes, tanto do modernismo quanto contemporâneos. Cada um deles fez um rascunho original em pequeno formato, mais tarde transposto por uma desenhista para uma escala maior. Por fim, o material é enviado para a tecelagem e realizado com um método peculiar, que inclui finas tramas de algodão entre as linhas; assim, o espectador não vê as separações entre os fios. Há na seleção a presença de uma abordagem nacionalista, de forte pegada social, sobretudo nos murais de Almada Negreiros. Estrutura Ambígua, de Eduardo Nery, resvala nos truques de ilusão da op art, enquanto Maria Helena Vieira da Silva e Le Corbusier chegam a lembrar Pollock e Picasso, respectivamente. Até 10/03/2013.

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