Aquaman
- Direção: James Wan
- Duração: 143 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: EUA
- Ano: 2018
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Na guerra entre as adaptações de personagens de HQs da Marvel e da DC, a primeira está ganhando de lavada, vide os fiascos de Batman vs Superman (2016) e A Liga da Justiça (2017). Há, contudo, uma luz no fim do túnel para a DC com a estreia de Aquaman. Embora não seja um filme perfeito e falte o humor que a Marvel tem de sobra, a trama se desenvolve com pontos favoráveis. Mostra-se aqui o surgimento do protagonista e o amor que envolveu seus pais. O faroleiro Tom Curry (Temuera Morrison) salva uma estranha mulher do oceano e logo percebe a força e os poderes dela: Atlanna (Nicole Kidman), rainha de Atlântida, fugiu de um casamento arranjado. Os dois se apaixonam e têm um filho, Arthur. Mas a mãe será obrigada a abandonar a criança e o amado para voltar para o fundo dos mares. Arthur, na idade adulta interpretado por Jason Momoa (foto), cresceu e quer viver sua trajetória em terra ao lado do pai, embora saiba de sua origem mestiça. Contudo, será chamado para colocar um ponto final na fúria de seu meio-irmão, o rei Orm (Patrick Wilson), que quer acabar com a vida na superfície. Diretor de Invocação do Mal e Velozes & Furiosos 7, James Wan mostra o poder de sua ação em cenas vertiginosas. Só deixa a peteca cair por causa da (excessiva) longa duração e de trechos que poderiam ficar de fora da montagem final. Quanto ao visual, prepare-se para um festival de luzes e cores como se vê na Sapucaí. Sim, o estilo é carnavalesco, kitsch, exagerado e, sem medo de cair na caricatura, o realizador pisa no fundo no acelerador para, justamente, impressionar pela grandeza. Nem mesmo os efeitos visuais, que chegam a se atropelar em outras produções do gênero, aqui se consegue notar detalhes e nuances. Direção: James Wan (EUA/Austrália, 143min). 12 anos. Estreou em 13/12/2018.