Alice Através do Espelho
- Direção: James Bobin
- Duração: 113 minutos
- País: EUA
- Ano: 2016
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Tim Burton não é um diretor comedido e, às vezes, peca pelo excesso. Embora Alice Através do Espelho seja apenas produzido por ele, o filme tem sua marca registrada, incluindo aí os exageros visuais. Na sequência de Alice no País das Maravilhas (2010), a protagonista (interpretada pela insossa Mia Wasikowska) volta a Wonderland, escapando, assim, de um imbróglio financeiro que envolve o navio de seu falecido pai. Lá, reencontra os personagens de antes, como o Gato, o Coelho Branco e a Rainha Branca (Anne Hathaway). E o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp)? Este se entregou à depressão e não sai mais de casa. A única coisa que ele pede à amiga é ajuda para trazer sua família de volta ao lar. Alice, então, embarca numa maluca jornada pelo tempo. Inúmeras idas e vindas e “viagens” (em todos os sentidos) na trama acabam comprometendo a fluência. A projeção em 3D colabora para “jogar” a plateia num espetáculo de efeitos visuais fascinantes. Mas, além do limite, até a beleza cansa. Fica a dica: embora a classificação indicativa seja livre, o filme pode entediar crianças com menos de 12 anos. Estreou em 26/5/2016.