Aladdin
- Direção: Guy Ritchie
- Duração: 129 minutos
- Recomendação: 10 anos
- País: Estados Unidos
- Ano: 2019
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Na escala industrial da Disney, Aladdin vem na cola de outros desenhos que viraram filmes com atores, como A Bela e a Fera, Cinderela, Mogli e o recente Dumbo. Sua fonte é a animação de 1992, uma esfuziante aventura repleta de cores e graça. O novo longa-¬metragem faz poucas mudanças na história original (ponto favorável) e tem no Gênio, novamente, seu maior trunfo. No conto das Arábias, o ladrãozinho Aladdin (Mena Massoud) consegue pegar a lâmpada de uma caverna e, assim, ganha o direito de fazer três pedidos ao Gênio (Will Smith). O primeiro é tornar-se um príncipe para se casar com Jasmim (Naomi Scott), filha do sultão de Agrabah, que ele conheceu nas ruas e longe do palácio. Há, contudo, um empecilho para o romance: o vizir e vilão Jafar (Marwan Kenzari), com apetite para tomar o trono. O inglês Guy Ritchie (Sherlock Holmes) volta a dirigir sob encomenda, e nem se percebe seu toque autoral. Os números musicais (sim, existem vários) são enfadonhos e nas cenas de ação há pouca vibração — o que o desenho tinha de sobra. A direção de arte remete ao brega indiano de Bollywood, embora a história se passe em algum reino árabe. Mas, diante dos desacertos, Will Smith e seu divertido personagem salvam a parada. Quando o astro está em cena, Aladdin cresce em humor e criatividade e, melhor do que na animação, seu destino aqui se encaminha para algo comovente. Direção: Guy Ritchie (EUA, 2019, 128min). 10 anos. Estreou em 23/5/2019.