Adoráveis Mulheres
- Direção: Greta Gerwig
- Duração: 134 minutos
- Recomendação: 10 anos
- País: Estados Unidos
- Ano: 2019
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Mulherzinhas foi publicado pela primeira vez, em duas partes, em 1868 e 1869. Tornou-se um fenômeno da literatura americana e celebrizou sua autora, Louisa May Alcott (1832-1888). O cinema e a TV trataram de transformar o livro em filmes e séries. A mais nova versão, Adoráveis Mulheres, tem a grife de Greta Gerwig, a queridinha de Hollywood desde que seu paparicado Lady Bird virou um sucesso de crítica do cinema indie. Greta, que também é atriz, volta às telas apenas como diretora e com sede de ambição. Muitas vezes, acerta melhor do que em seu filme anterior, sobretudo por ter em mãos um texto edificante sobre o empoderamento feminino. A ação se passa quase no fim da Guerra Civil Americana e mostra o destino de uma mãe (Laura Dern) e suas quatro filhas, que tentam sobreviver a duras penas, já que o patriarca está nos campos de batalha. A protagonista é Jo (Saoirse Ronan), alter ego de Louisa May Alcott, que quer ser escritora. Timothée Chalamet interpreta Laurie, o vizinho rico por quem Jo é apaixonada e sua irmã Amy (Florence Pugh) também. Meg (Emma Watson) faz a mana que se casa cedo demais, enquanto a caçula, Beth (Eliza Scanlen), terá problemas de saúde. Como se nota, é um novelão com romances desencontrados, disputas íntimas, perdas, paixões reclusas e danos. Tudo estaria em perfeita harmonia, com recriação de época luxuosa e atuações empenhadas, caso Greta não mexesse tanto no original. Também roteirista e querendo ser “moderninha”, ela traça uma narrativa de vaivém no tempo, deixando a história confusa e, pior, esvaziando a emoção. Direção: Greta Gerwig (Little Women, EUA, 2019, 135min). 10 anos. Estreou em 9/1/2020.