A Vida Invisível
- Direção: Karim Aïnouz
- Duração: 139 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: Brasil e Alemanha
- Ano: 2019
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Vencedor da mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes, A Vida Invisível foi a escolha do Brasil para representar o país no Oscar 2020 de melhor filme internacional. Karim Aïnouz dirige a adaptação do livro de Martha Batalha, produzida por Rodrigo Teixeira, o mesmo do recente Ad Astra. Com meia hora a menos, a história ganharia mais ritmo. Há um tanto de repetição nos dramas até que se chega ao clímax, nos quinze comoventes minutos finais, com a entrada em cena de Fernanda Montenegro. No início da década de 50, Guida (Julia Stockler) e Eurídice (Carol Duarte) são irmãs e inseparáveis. Enquanto Guida vive em busca de um grande amor, Eurídice quer fazer carreira como pianista. Só que o pai, um português dono de uma padaria, dá às filhas uma educação rígida. Guida foge para a Grécia com um marinheiro, deixando Eurídice desolada. Ela, então, se casa com o certinho Antenor (Gregorio Duvivier) e evita ficar grávida. Menos de dez anos dessas vidas são contados em mais de duas horas. Trata-se de um registro triste e verdadeiro de mulheres enclausuradas em casamentos ou vítimas de moralistas, situações recorrentes setenta anos atrás, como no filme, e que ecoam até hoje. Direção: Karim Aïnouz (Brasil/Alemanha, 2019, 139min). 16 anos.