A Mula
- Direção: Clint Eastwood
- Duração: 116 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: EUA
- Ano: 2018
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Incansável produtor, diretor e ator, Clint Eastwood, de 88 anos, volta às telas numa história real, extraída de um artigo da New York Times Magazine. A Mula traz a trajetória de Earl Stone, um nonagenário veterano de guerra que desprezou a família e, em meados da década de 2000, faz sucesso como um elegante plantador de lírios. Por causa das vendas da concorrência pela internet, Earl, nos dias de hoje, perdeu até a casa. Sem renda fixa, aceita servir de mula, ou seja, passa a traficar cocaína em sua velha caminhonete. Cidadão acima de qualquer suspeita, o idoso acaba ganhando muita grana. É invejável o timing cômico do “durão” Eastwood e há tiradas espirituosas no roteiro. Mas deslizes comprometem o resultado final. A parte policial da trama, tendo Bradley Cooper como um investigador, mostra-se frouxa. Também causam prejuízos os estereótipos, como quando aparecem traficantes mexicanos rodeados de beldades de biquíni. Se o protagonista acerta no descompasso com a tecnologia (a falta de experiência com o celular, por exemplo), a “brincadeira” de chamar um casal de nigger (termo pejorativo para negro) é infeliz e deslocada. Direção: Clint Eastwood (The Mule, EUA, 2018, 116min). 16 anos. Estreou em 14/2/2019.
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