A Lenda de Tarzan
- Direção: David Yates
- Duração: 110 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: EUA
- Ano: 2016
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Em nova empreitada de revisitar um personagem da literatura, A Lenda de Tarzan pode frustrar quem espera um cinemão à moda antiga narrando as aventuras do órfão criado na selva. Desta vez, a “inovação” fica por conta de um contexto histórico e de efeitos visuais que dão, perfeitamente, vida aos animais. O início se passa em Londres, com John Clayton (papel do sueco Alexander Skarsgård) já de volta à civilização e casado com Lady Jane (Margot Robbie). Ao saber por um emissário americano (papel de Samuel L. Jackson) que o rei da Bélgica está escravizando o povo do Congo, onde ele foi criado, Clayton parte para o continente africano a fim de protegê-lo. Embora a maior parte da trama ocorra no presente, o roteiro também enfoca o passado do protagonista, desde o momento em que foi “adotado” por gorilas. Mais instigantes, os flashbacks são raros e o vaivém compromete o ritmo da narrativa. Nem Skarsgård e muito menos Christoph Waltz, o vilão, parecem confortáveis nos papéis, e, não à toa, o destaque vai para a sensual e valente Jane de Margot Robbie. Há, é claro, momentos grandiosos como o de Tarzan movimentando-se nos cipós pela floresta e, sobretudo, a formidável sequência da manada de búfalos, fruto da tecnologia e condizente com o cinema de fantasia atual. Estreou em 21/7/2016.