A Garota da Capa Vermelha
- Direção: Catherine Hardwicke
- Duração: 100 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: EUA/Canadá
- Ano: 2011
Resenha por Miguel Barbieri Jr
O
sucesso não fez bem à carreira da diretora Catherine
Hardwicke. Embora tenha estreado
bem com “Aos Treze” (2003), a cineasta ganhou
projeção como realizadora do hit “Crepúsculo”
(2008). Seu retorno às telas se dá nos mesmos
moldes: uma produção voltada aos adolescentes,
com direção de arte cafona e atuações medíocres que embalam um romance açucarado
em clima de fantasia. Trata-se de uma versão
bastante livre, prolongada e adulta da fábula de
Chapeuzinho Vermelho (não há, porém, crédito
ao escritor francês Charles Perrault). Na trama,
a vila medieval de Daggerhorn vive dias
sombrios devido aos ataques de um lobo. Em
cenário de casa de bonecas, a jovem Valerie
(Amanda Seyfried) é apaixonada desde criança
pelo pobre lenhador Peter (Shiloh Fernandez),
mas está prometida em casamento ao
ferreiro Henry (Max Irons). Quando
fica cara a cara com a fera, Valerie
tenta descobrir qual a identidade
do monstro sanguinário. Seria
um de seus pretendentes, o sujeito
bobo do vilarejo, o mais
tímido da turma ou sua vovozinha
querida (papel de Julie
Christie)? A resposta é imprevisível,
ao contrário de todo o
resto. Mal dirigida e em tom teatral,
a fita se vale de razoáveis efeitos
visuais e do carisma da sempre
simpática Amanda Seyfried, nova queridinha
do cinema americano em romances como
“Mamma Mia!”, “Querido John” e “Cartas para Julieta”. Estreou em 21/04/2011.