A Doce Vida
- Direção: Federico Fellini
- Duração: 174 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: Itália/França
- Ano: 1960
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
O sétimo longa-metragem de Federico Fellini (1920-1993) volta aos cinemas com esta cópia restaurada de ótima qualidade. Trata-se de um dos melhores e mais elogiados trabalhos do diretor italiano, que faz aqui uma apurada radiografia da Roma de 1960, ano em que o filme foi lançado — os figurinos, inclusive, ganharam o Oscar. Marcello Mastroianni serve como um personagem-narrador e interpreta um jornalista, também chamado Marcello, envolvido com furos de reportagem. Também um dos roteiristas, Fellini monta um mosaico plural da capital italiana por meio de tipos comuns ou excêntricos. Marcello segue seu dia a dia enquanto “passeia” pelas várias histórias. Namorado de uma mulher ciumenta e possessiva, o repórter vara as noites trabalhando e, ao mesmo tempo, curtindo a vida adoidado. Entre cenas icônicas, há a da sueca Anita Ekberg, no papel de uma estrela do cinema, entrando na Fontana di Trevi durante a madrugada. Seja no drama, seja no humor, o realizador mostra-se afiado ao focar a decadência da alta sociedade em quase três delirantes horas de duração. Reestreou em 20/8/2015.
Paparazzo: o termo italiano para o fotógrafo de celebridades foi popularizado neste filme