A Dama de Ferro
- Direção: Phyllida Lloyd
- Duração: 105 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: Inglaterra/França
- Ano: 2011
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Nas duas categorias em que concorria no Oscar 2012, este drama foi merecidamente premiado. Meryl Streep, em sua 17ª indicação (mais um recorde!), Finalmente conquistou sua terceira estatueta — a segunda de melhor atriz. E a maquiagem, tão importante na composição da personagem, foi igualmente laureada. Além da magnífica atuação da estrela na pele de Margaret Thatcher (1925-2013), se mostram surpreendentes a direção da inglesa Phyllida Lloyd (do decepcionante musical Mamma Mia!) e o roteiro de Abi Morgan (de Shame). Nele, Abi não se deteve numa biografia convencional: preferiu recorrer às lembranças da ex-primeira-ministra britânica sob o ponto de vista dela. A trama alterna passado e presente. Flagra Thatcher ainda na juventude (vivida por Alexandra Roach) como uma impulsiva estudante que, em 1959, se elege parlamentar. Em sua escalada política, vira líder do Partido Conservador em 1975 e, quatro anos depois, tornase primeira-ministra, a única mulher nesse cargo na Inglaterra. Suas polêmicas ações no poder também são rememoradas no vaivém da narrativa. No tempo atual, a protagonista, já envergada pela idade, é tomada por lapsos de memória. Tanto na maturidade quanto na velhice da personagem, Meryl mostra uma interpretação extraordinária. Estreou em 17/02/2012.