A Clockwork Orange

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

A maioria dos fãs de Laranja Mecânica (1971) talvez tenha visto o estupendo longa-metragem de Stanley Kubrick (1928-1999) de maneiras, digamos, inadequadas. No cinema, no fim da década de 70, o filme foi exibido com bolinhas pretas cobrindo o sexo dos atores por causa da censura. Era ridículo. Também não é o melhor jeito vê-lo em vídeo, DVD, Blu-ray e TV. Seu retorno em cópia restaurada e na excelente projeção do CineSesc torna-o, portanto, uma reprise mais do que bem-vinda. Embora o visual esteja levemente datado, o enredo continua muito atual, sobretudo porque discute formas de combater a violência. Alex (Malcolm McDowell, então com 28 anos) vive numa Inglaterra futurista. Acompanhado de três amigos, tem prazer em humilhar estranhos e, não raro, espancá-los. Depois de matar uma mulher, ele é preso e condenado a catorze anos. Mas um novo sistema de regeneração está a caminho e Alex servirá de cobaia. Embala a história uma vibrante trilha sonora com clássicos de Rossini, Elgar, Rimsky-Korsakov e Beethoven, ídolo de Alex. Reestreou em 26/04/2013.

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