2012
- Direção: Roland Emmerich
- Duração: 158 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: EUA/Canadá
- Ano: 2009
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Se você não viu o trailer, nem veja. O filminho que serve de chamariz para atrair o público aos cinemas entrega praticamente todas as cenas de catástrofe. Quando são revistas no longa-metragem, elas trazem um gosto de déjà vu. Isso não significa, contudo, que trechos sejam esticados e, assim, consigam proporcionar um espetáculo visual de embasbacar. Nas melhores sequências, Los Angeles é sacudida por um terremoto eletrizante enquanto Las Vegas sucumbe em chamas num momento de arregalar os olhos. Bem-conduzida na primeira hora pelo diretor de O Dia Depois de Amanhã (este sim um filme-catástrofe redondo), a fita se prolonga demais nos trinta aborrecedores minutos finais, quando saem de cena as tragédias naturais e entra o drama dos sobreviventes. Pouco funciona também a história-clichê de personagens-clichês. Entre eles está um motorista (John Cusack) tentando reatar a relação com a ex-mulher (Amanda Peet) e um cientista (Chiwetel Ejiofor) querendo alertar o governo americano do perigo iminente: o mundo acabará em 2012, segundo a profecia do calendário maia. Aguardada pelos brasileiros, a cena do Cristo Redentor caindo por terra (cuja foto ilustra o pôster nacional) passa rasteira num monitor de TV.