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Entenda por que Prefeitura de SP retirou luminárias japonesas de rua da Liberdade

Medida foi resposta a pedido de entidades ligadas ao movimento negro por conta do contexto histórico da região

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
22 nov 2024, 17h05
Capela na rua dos Aflitos, onde havia um cemitério de indígenas e escravizados
Capela na rua dos Aflitos, onde havia um cemitério de indígenas e escravizados (Museu dos Aflitos/Divulgação)
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A Prefeitura de São Paulo retirou os postes com as luminárias estilo lanternas Suzuranto, que remetem à imigração japonesa, da rua dos Aflitos, no bairro da Liberdade. A ação ocorreu no início da semana, antes do Dia da Consciência Negra, comemorado na quarta-feira (20).
De acordo com a prefeitura, a retirada foi uma medida tomada em resposta ao pedido de entidades ligadas ao movimento negro, que manifestaram preocupações quanto à adequação das luminárias ao contexto histórico da região.
“Em compromisso com a transparência e o diálogo com a sociedade, sempre buscando soluções que respeitem a diversidade da cidade, as lanternas, que remetem à imigração japonesa, foram consideradas inadequadas para o local, uma vez que o Beco dos Aflitos abriga a Capela de Nossa Senhora dos Aflitos, um marco histórico da época da escravidão no Brasil”, diz o comunicado da prefeitura.
A rua dos Aflitos é um lugar apontado como localidade onde havia o primeiro cemitério aberto da cidade, dedicado a indígenas e escravizados entre os séculos XIIV e XIIIV.
As lanternas Suzuranto foram mantidas no restante do bairro, preservando a herança da imigração japonesa. Segundo a prefeitura, a decisão buscou equilibrar o respeito às diferentes camadas culturais presentes no bairro, garantindo que a memória de cada grupo seja adequadamente representada.
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