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Cantora Lia Paris é a nova aposta da cena paulistana

Em temporada no Terraço Itália, artista impressiona com sua voz potente e conta com a ajuda de várias estrelas da música pop na carreira-solo

Por Mayra Maldjian
Atualizado em 5 dez 2016, 15h06 - Publicado em 21 mar 2014, 18h56

No primeiro show de sua temporada no classudo piano-bar do Terraço Itália, no último dia 10, a cantora Lia Paris não titubeou: mesmo com o braço esquerdo engessado, fincou os saltos no balcão e encerrou sua performance entoando, a capela, o clássico La Vie en Rose, da francesa Edith Piaf. “Sou hiperativa. Não à toa fui atropelada por um carro quando atravessava uma rua perto de casa, nos Jardins”, conta Lia, 28 anos, dois ex-maridos, voz potente e, de fato, bem agitada. Além de cantar, ela compõe e trabalha eventualmente como estilista. A versatilidade é apenas um ponto que chama atenção no currículo dessa paulistana nascida no bairro de Alto de Pinheiros. O mais surpreendente, no entanto, é a retaguarda artística de que a caloura dispõe para o lançamento de sua carreira-solo. O time de parceiros, digamos, inclui veteranos dos palcos e das gravadoras, além de vários talentos emergentes da MPB descolada.

O produtor Carlos Eduardo Miranda, um dos responsáveis pelo sucesso da paraense Gaby Amarantos, está no comando de seu álbum, ainda sem título, com lançamento previsto para o fim do ano. Com o cantor e compositor Marcelo Jeneci, ela divide os créditos de Wild Boy, música cujo videoclipe foi lançado na quinta 13, em uma festa numa mansão, no Jardim Europa. Por lá passaram de empresários, como a sapateira Sarah Chofakian, a celebridades, entre elas a atriz global Mariana Ximenes. A artista também contou com as guitarras de Edgard Scandurra e a bateria de Fredo Ortiz, colaborador do trio de rap americano Beastie Boys. A constelação que orbita ao seu redor inclui ainda Arnaldo Antunes. O ex-titã ofereceu cinco músicas a Lia — uma delas em parceria com Cássia Eller. “Fiquei muito feliz, mas nenhuma tinha a ver comigo. Combinamos de escrever juntos”, diz a cantora. Por fim, ela escreveu uma letra para o novo trabalho do Skank e outra que será gravada por Otto.

Parte dessas relações a jovem teceu na infância, graças aos pais, a estilista Suely Galdino e o pesquisador de arte Carlos Buzolin, donos do misto de loja e sorveteria Feira Moderna, na Vila Leopoldina. Quando Lia era criança, eles promoviam saraus, que eram frequentados pelos integrantes do Ira! e do Titãs, além de Dado Villa-Lobos, da Legião Urbana. Aos 15 anos, Lia montou sua primeira banda de soul, a Destilaria do Groove, e passou a tocar em casas noturnas. “Meus pais tiveram de me emancipar”, lembra, aos risos. Em paralelo, fez aulas de circo, especializou-se em pirofagia e trapézio e, aos 17, deixou o Brasil. Passou um ano apresentando-se com uma trupe mambembe em países da Europa e, em 2005, voltou para cá. Desde então, estudou moda e criou os grupos musicais Briga de Galo, de samba, Paris le Rock, de punk, e Vive la Chanson, de hits franceses. É isso aí, garota eclética.

Ela deu fim a essa mistura de estilos no ano passado, quando resolveu gravar sozinha. Nessa nova fase, procurou Miranda para lapidar seu som. “Lia é especial porque gosta de ser pop, mas faz isso com estilo. Sem cair no brega ou no vazio”, afirma o produtor. “Estamos trabalhando seu potencial vocal.”O resultado dessa parceria é possível conhecer na temporada do Terraço Itália, prorrogada mais um mês, ou no show que ela fará em 5 de abril no bar Riviera, também no centro. O repertório dessas performances mescla músicas do disco, que a cantora define como “autobiográfico”, e canções francesas. Entre as faixas, além de Wild Boy, há mais duas parcerias com Jeneci. “Cada vez que a gente se encontra saem duas, três músicas”, diz o autor. “Lia tem vocação para ser estrela.”

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Lia Paris. Bar do Terraço Itália. Avenida Ipiranga, 344, 42º andar ☎ 2189-2929. Segundas, 21h. R$ 30,00. Até 28/4; Riviera. Avenida Paulista, 2584, ☎ 3258-1268. Dia 5 de abril, 22h. R$ 35,00.

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