Continua após publicidade

Guia dos seus direitos na balada

Perdeu a comanda? Pode entrar de chinelo? Confira como agir para não perder a festa

Por Veja São Paulo
Atualizado em 1 jun 2017, 17h14 - Publicado em 26 set 2014, 20h52

A noite paulistana, considerada uma das melhores do mundo, tem sempre uma balada perfeita para você. Se por um lado é fácil achar um lugar para se “jogar”, por outro, algumas chateações podem acontecer e estragar a noite. Longas filas, bares abarrotados e confusão na hora de pagar a conta são só alguns dos problemas. A coisa fica pior se o festeiro perder a comanda ou for impedido de entrar na casa noturna por estar trajando uma roupa “inadequada”. Para ajudar os baladeiros, VEJA SÃO PAULO preparou um guia que ajuda a identificar seus direitos e deveres. Confira: 

+ As baladas de São Paulo 

 

– Consumação mínima 

Desde de 2005, a cobrança da consumação mínima foi proibida no estado de São Paulo. De acordo com o Procon, o estabelecimento não pode estabelecer nenhuma quantia de consumo. Depois da determinação, muitas das casas adotaram a opção de entrada e consumação. O baladeiro pode escolher o quanto vai gastar.

+ Armin van Buuren se apresenta em São Paulo

Continua após a publicidade

– Formas de pagamento

Todas as formas de pagamento devem estar bem destacadas na entrada da balada. A casa não é obrigada a aceitar cartões ou cheques, no entanto, o cliente deve ser informado antes de entrar no espaço. O Procon instrui que sempre tenha mais de uma opção de pagamento para evitar confusão. “O que não pode ocorrer é o constrangimento ao cliente”, diz Adriana.

direito na balada - perda da comanda
direito na balada – perda da comanda ()

– Perdi a comanda, e agora?

Acontece, certo? Não se desespere. O primeiro passo é avisar os seguranças e ou a gerência da casa.

Continua após a publicidade

Alguns estabelecimentos afirmam que a perda da comanda implica no pagamento de uma quantia fechada (normalmente bem maior do que você gastaria). A prática é considerada abusiva para o Procon. Caso não consiga explicar isso à gerência, faça da seguinte forma:

– Pague a comanda e exija a nota fiscal (eles são obrigados a entregar).

– Na nota, deve estar escrito que o pagamento daquela quantia se refere à perda da comanda.

– Com a nota em mãos, entre com a reclamação no Procon. É possível reaver o valor e a casa ainda pode ser multada.

“A responsabilidade do controle do que o consumidor compra é do estabelecimento”, diz Adriana Cristina Pereira, diretora de Programas Especiais do Procon. O presidente da comissão de Direitos do Consumidor da OAB/SP, Marco Antonio Araújo Junior, explica que o cliente só deve pagar o que consumiu de fato. “Se não houver negociação com a gerência, não discuta: pague a conta e exija uma nota fiscal e apresente no Procon”, diz.

Continua após a publicidade

+ Ingressos para David Guetta começam a ser vendidos no sábado (4)

direito na balada - taxa de serviço
direito na balada – taxa de serviço ()

 – Busquei bebidas no bar a noite toda, mas a casa noturna quer cobrar 10% de serviço.

A prática é cada vez mais comum. Mesmo sem ter o serviço de garçom (no máximo, o barman abre a sua cerveja), a cobrança dos 10% está lá. Assim como nos restaurantes, só pague se tiver gostado do serviço. Fique atento, a taxa deve estar descrita na conta.

O pagamento do couvert artístico também é opcional e a cobrança deve ser avisada antes da entrada na balada. Segundo Araújo, a casa não pode passar o pagamento do cachê do artista para o consumidor.

Continua após a publicidade
direito na balada - dresscode
direito na balada – dresscode ()

 – Tenho o direito de ir com a roupa que eu quiser para a balada

Não, na verdade você não tem. A casa noturna ou a festa definem o tipo de vestimenta que não pode entrar no local. Por exemplo, chinelos, camisas de time, regatas, tênis. “No entanto a informação do dresscode deve estar destacada no flyer, no convite, no site e até na entrada da casa para evitar confusão”, explica Araújo. O que não pode, segundo ele, é ficar a critério de uma só pessoa na frente do espaço. “Por se tornar subjetivo, sem querer, pode se tornar discriminação”, afirma Araújo.

direito na balada - furto
direito na balada – furto ()

– Furtaram meu celular dentro da balada, e agora?

Continua após a publicidade

Essa é uma das questões mais delicadas. Foi furtado ou esqueceu em algum lugar?

– Se você foi furtado, informe à segurança. Eles são responsáveis pelo o que acontece dentro do espaço, já que você pagou uma entrada para estar lá.

– Se você foi furtado e não conseguiu chegar a um acordo com a casa sobre o pagamento do aparelho ou pelo menos parte dele, vá à delegacia e registre um boletim de ocorrência.  

– Com ele, é possível entrar com uma ação no juizado de pequenas causas. A medida também vale para furtos de carteiras, bolsas e outros itens.

“O estabelecimento precisa ter mecanismos para evitar esse tipo de ação. Seja por meio de câmeras, número de seguranças e até seguranças à paisana”, diz a diretora do Procon. Segundo Araújo, se o estabelecimento desconfiar que o celular foi perdido por displicência, e não por furto, terá de provar à Justiça.

direito na balada - chapelaria
direito na balada – chapelaria ()

– Vou deixar minhas coisas na chapelaria…

Para evitar esses furtos ou os esquecimentos, a chapelaria ainda é a melhor opção. De acordo com o Procon, as casas noturnas não são obrigadas a oferecer o serviço e elas podem cobrar o que achar que conveniente. No entanto siga algumas recomendações:

– Peça para o atendente anotar as condições dos objetos na hora de entregar os pertences.

– Liste também os objetos deixados: celular, tablets, câmeras, maquiagem.

– Confira tudo na hora que for retirado.

– Se os itens não estiverem lá ou estiverem danificados, informe a gerência.

– Não chegou a um acordo? Registre o boletim de ocorrência e é possível entrar com uma ação no juizado de pequenas causas.

“Sendo gratuito ou não, eles passam a ser responsável pelos objetos deixados ali”, afirma Araújo. “Assim sendo, eles devem entregar os seus objetos da mesma forma que você deixou”, completa.

direito na balada - valet
direito na balada – valet ()

– Lá tem valet?

A casa não é obrigada a oferecer o serviço de valet, mas a partir do momento em que você deixa o carro com o manobrista, ele passa a ser responsável pelo veículo. As recomendações do Procon são:

– Mostre as batidinhas e arranhões que estão na lataria e anote na ficha do manobrista.

– Informe quais são os objetos que estão dentro do carro e anote na ficha.

– O ticket entregue pelo manobrista deve conter o nome da empresa, o CNPJ e o endereço onde estará seu carro. Também é bom ver a quantidade de vagas oferecidas pela prestadora do serviço.

– Cheque se o horário do ticket bate com o do seu relógio. “Desta forma, se seu carro for multado durante o período em que estava em posse do estacionamento, é possível pedir o ressarcimento e a transferência da pontuação na CNH”, explica Araújo.

direito na balada - prazo de validado do RG
direito na balada – prazo de validado do RG ()

– Meu RG está com mais de dez anos de validade

Carteiras de identidade não têm prazo de validade. Os institutos de identificação apenas orientam que o documento esteja em perfeito estado e com foto atualizada. Se o documento for antigo e não permitir a identificação, a casa, por motivo de segurança, pode barrar a entrada.

Passou por algum perrengue parecido? Conte abaixo a sua experiência.

Fontes: Adriana Cristina Prereira, diretora de Projetos Especiais do Procon/SP e Marco Antonio Araújo Junior, Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB/SP

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.