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Cartas da edição 2290

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 16h47 - Publicado em 11 out 2012, 22h02

Crianças Conectadas

Circulam por aí inúmeras mensagens que afirmam que a infância de hoje é ruim e que apenas brincar na rua é saudável (“Diversão na ponta dos dedinhos”, 10 de outubro). O saudosismo é aceitável, mas isso não quer dizer que seja preciso criticar o momento atual e rejeitar a modernidade. Basta aceitar que os tempos são outros. Estamos em 2012. Viva! Como tudo na vida, é preciso apenas haver bom-senso. 

SANDRA BRAGA

 

Conversa entre mim e meu filho:

— Pai, você me dá um iPad no Dia das Crianças?

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— Claro que não, Lucas, você só tem 6 anos.

— Pai, eu vou fazer 7. — Minha resposta continua sendo não.

Algum tempo depois, ele volta: — Pai, se você tivesse um iPad, eu poderia mexer nele?

— Provavelmente sim.

— No Dia dos Pais, eu vou te dar um iPad.  

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JOE CORDEIRO ARAUJO

 

É lamentável e preocupante saber que o capitalismo irresponsável faz emergir consumidores cada vez mais jovens. Criança tem de ser criança e ponto. E as empresas não podem trilhar o caminho oposto ao da sustentabilidade. Do contrário, a geração do iPhone e do iPad poderá viver um futuro cheio de arrependimento. 

DOUGLAS LINARES FLINTO

 

Toda essa tecnologia faz parte da realidade de crianças e adolescentes de 2012, não há como negar. Para o bem e para o mal, ela existe e veio para ficar. Acredito que a reportagem enalteceu o uso da tecnologia. Aristóteles já pregava que o meio-termo é o melhor caminho. Tenho um menino de 12 anos, muito esperto, inteligente e sociável, que usa a tecnologia sempre com a supervisão dos pais. Brinca com joguinhos no computador desde os 10 anos, mas somente durante uma hora por dia. Além disso, ele precisa optar entre passar aquela hora em frente ao computador e gastá-la diante da televisão. Neste ano abriu conta de e-mail e há duas semanas ganhou um celular. Por outro lado, procuramos estimulá- lo a ler durante meia hora todos os dias, a conviver com amigos e a brincar como antigamente, com jogos ao ar livre ou praticando esporte em contato com a natureza.  

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FABIO RALSTON

 

Dar tablet, telefone celular e computador à criança para ela brincar e ficar quieta denota uma postura absurda de alguns pais. Não é uma questão de ter, e sim de ser. Criança deve brincar, bagunçar, dar trabalho. Tenho seis filhos, sempre insisti nas brincadeiras tradicionais e não me arrependo. Minha casa parece um campo minado de brinquedos espalhados pelo chão, com crianças correndo, chorando, dando trabalho… Mas isso é ser pai. Não quero equipamento eletrônico para que elas fiquem quietas e deixem de ser crianças. Quem não tem paciência não deveria ser pai. Deixem que as crianças sejam crianças.

LUIZ CLAUDIO ZABATIERO

IPAD NO CONSULTÓRIO

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Tablets se tornaram uma importante ferramenta de trabalho para a fonoaudióloga Priscila Gama Martins, que passou a usar aplicativos para estimular crianças com síndrome de Down. “Mesmo as menores de 3 anos tiveram uma resposta surpreendente”, diz Priscila, que enviou um e-mail à redação de VEJA SÃO PAULO contando sobre sua experiência. “Crianças com deficiência intelectual costumam ser dispersas, o que dificulta o processo de memorização e aprendizagem”, afirma ela, que encontrou no iPad um grande aliado. “Por serem ágeis, esses equipamentos conseguem acompanhar o ritmo dos pequenos e mantê- los mais interessados na atividade.” De acordo com Priscila, independentemente do objeto usado para brincar, o principal é a convivência que se estabelece entre o adulto e a criança. “É importante salientar que o incentivo de pais, educadores ou terapeutas é fundamental. Afinal, para a criança, a motivação para aprender está nas reações das pessoas ao redor.”

 

Negócios

Minha ex-mulher era fissurada por Botox e fez pelo menos duas lipoaspirações no culote (“Consórcio até para silicone”, 10 de outubro). A maioria das mulheres sonha ainda com um implante de silicone. E, se existe consórcio, por que não oferecer cartas de crédito para a beleza? Só é preciso ir devagar para, em vez de ficar bonita, não parecer o filho do capeta.

MUSTAFA BARUKI

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Ivan Angelo

Não possuo nenhum desses aparelhos tecnológicos de última geração (“Encontros com o futuro”, 10 de outubro). Mexo razoavelmente em um computador de mesa, meu celular é só telefone e, quanto ao “touch”, estou começando a deixar de ser “um elefante numa sala com prateleiras lotadas de cristais”, mas só começando. Faço 54 anos neste mês e, apesar de achar todas essas ferramentas incríveis, vivo bem assim, usufruindo algumas facilidades inegáveis, mas sem dependência.

ELLEN F ZENI

 

Bela reflexão sobre os encontros e desencontros do passado com o futuro. Ou seria o futuro que encontramos no passado e perdemos no presente? Assim como Ivan Angelo, eu só uso celular na “ridícula” função de telefone. E utilizo meu computador apenas para desempenhar a “absurda” função de enviar e-mails.

JOSÉ CARLOS NEVES

 

Gestão Kassab

Lendo o balanço da administração de Gilberto Kassab (“A cidade que Kassab nos entrega”, 3 de outubro), encontrei palavras para expressar meu sentimento sobre a atual gestão. Ouvia as críticas, todo mundo detonando o Kassab, e pensava: “Puxa vida, estou vendo tantas melhorias: ciclovias, a Avenida Faria Lima ficando linda, a cidade livre da sujeirada dos outdoors…”. Fui com meu pai a um exame agendado com hora marcada em uma AMA na Lapa e fiquei impressionada com a cordialidade e a pontualidade no atendimento. Em resumo, a reportagem disse tudo: ainda há muito a fazer por São Paulo e pelos paulistanos, mas não existe fórmula mágica. Espero que o novo prefeito consiga dar continuidade, de forma que possamos ver melhorias tão evidentes quanto as deixadas por Kassab.

ELIANA SANTOS MIRANDA

 

Sobre a pergunta da capa, “Será que estamos sendo justos com ele?”, gostaria de saber a razão do descaso com os funcionários municipais da área administrativa, que há mais de dez anos não têm aumento salarial real. O prefeito está sendo justo com essa categoria?

ZULMIRA MARQUES PRADO

 

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