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Por Bárbara Öberg
A repórter Bárbara Öberg fala sobre bem estar, exercícios, saúde e novidades para melhorar a rotina.
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Advogada se livra de depressão, recupera autoestima e perde 20 quilos

Olá, segunda-feira!!!! No dia internacional do “hoje comecei minha dieta pra valer”, a gente usa esse espaço pra contar histórias de pessoas que deram a volta por cima e, sim, perderam peso sem dietas milagrosas e sem remédio #NaRaçaMesmo. E hoje trouxemos a saga da Tainá, que brigou com a balança por uma vida – […]

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 26 fev 2017, 14h46 - Publicado em 14 set 2015, 12h49

Olá, segunda-feira!!!! No dia internacional do “hoje comecei minha dieta pra valer”, a gente usa esse espaço pra contar histórias de pessoas que deram a volta por cima e, sim, perderam peso sem dietas milagrosas e sem remédio #NaRaçaMesmo.

E hoje trouxemos a saga da Tainá, que brigou com a balança por uma vida – aliás, começou aos sete anos de idade. Levou uma rasteira daquelas, e com 1,60 de altura e 20 anos, chegou aos 90 quilos. O problema nem é não estar lindona em frente do espelho, aqui a gente não tem essa noia. Tem que ter saúde e estar bem consigo mesma. O problema mesmo é que, com o sobrepeso, vieram a depressão e uma cirurgia pra eliminar as varizes. Aí não, né? Veja como ela conseguiu.

taina

No Natal, ainda com sobrepeso, mas com vontade de iniciar a mudança

“Minha história com a dieta começa vinte anos atrás, eu tinha 7 anos e estava com sobrepeso. Apesar da tenra idade já tinha “peitinhos”, o que preocupou minha mãe.

Fomos a uma médica homeopata, que me recomendou uma dieta de controle de calorias, sendo que eu poderia comer 1 000 por dia. Saí de lá com um caderno com uma lista de alimentos, uma sugestão de dieta e um caderninho pra anotar as calorias consumidas e somá-las. Posso dizer que aprendi a somar contando calorias.

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Na época existiam poucas opções de alimentos saudáveis no mercado e a única barrinha de cereal que havia era aquela NUTRI, natural. Não posso nem ver aquilo!! Era meu lanche na escola, enquanto minhas amiguinhas tinham bolo e petit fours banhados no chocolate….

A dieta até deu certo, fui uma adolescente magra. Mas talvez não tenha aprendido a conviver com o meu corpo. Digo isso agora, pois SEMPRE, SEMPRE me achei gorda. Eu treinava ginástica rítmica, e o padrão pra esse esporte é aquele corpo beeeem magro e longilíneo, igual modelo, e eu, sempre tive quadris largos, peito, bunda, e era a mais “gorda” da equipe.

Na tentativa de alcançar o corpo das minhas colegas, vivia de dieta, mas nunca conseguia pesar menos do que 56 quilos (o que eu achava muito!!). Então, fui a um endocrinologista que me receitou remédio (sibutramina), sim, aos 16 anos de idade. Os efeitos colaterais foram muito fortes, não conseguia dormir, boca seca o tempo todo e não tinha a mínima fome.

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Só que comecei a ficar muito fraca e não conseguia treinar então interrompi o uso. Apesar de não ter tomado por tanto tempo, o uso da medicação cobrou sua conta. Aos 17 anos tive depressão. Foi um período muito complicado.

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Depois de muita terapia, antidepressivos e consultas psiquiátricas, minha depressão foi controlada e entrei na faculdade. Morava com minha família no interior e me mudei para São Paulo, não fazia qualquer atividade física, só estudava no período da manhã e passava à tarde em casa. Com pâaanico de engordar, eu procurava comer o mínimo possível.

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Ok, mantive o peso. Porém fiquei anêmica e com o colesterol nas alturas. Então, aos 19 anos fui fazer um intercâmbio estudantil de um ano no Japão. Ao contrário do senso comum, os japoneses não são nada saudáveis.

Muito arroz, muitos pães com creme, açúcar, fritura, maionese, chocolates… Tudo incrivelmente delicioso e calórico! Em um ano engordei 15 quilos. Quando voltei do intercâmbio passei por uma fase difícil, perdi meu avô e no ano que se seguiu engordei mais 15 quilos.

Com 1,60 de altura e 20 anos de idade, cheguei aos 90 quilos.

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Aí a gente entra naquele ciclo…”sou uma gorda horrorosa então eu como porque é o que me resta”, aí fica mais gorda e come porque tá mais gorda e assim por diante….

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Eu não saía mais, evitava fotos e não comprava roupas. Quantas vezes entrei em lojas e ouvi da vendedora -” Desculpe, aqui não tem pro seu tamanho…” Eu chorava. O excesso de peso também cobrou sua conta e aos 23 anos passei por uma cirurgia de varizes.

Então, quando comecei a fazer estágio, ter uma rotina com horários mais definidos e fui, aos poucos, cortando as extravagâncias do cardápio. Sabia que era preciso mudar e que só eu seria capaz. Passei a fazer muay thai e musculação, e a cuidar da minha dieta. Luto diariamente contra a compulsão por doces. Estou agora com 27 anos e se foram 20 quilos (sem fazer uso de QUALQUER tipo de medicação).

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(Sorrisão de quem está auto-astral e feliz com um corpo saudável. Foto:reprodução/Instragram)

(Sorrisão de quem está auto-astral e feliz com um corpo saudável. Foto:reprodução/Instragram)

Ainda tenho aqui no meu corpo 10 quilos que não são meus e batalho para me livrar deles com saúde e equilíbrio. Pra mim, o mais triste de toda essa trajetória é olhar pra trás e ver que, nesses 27 anos, eu nunca fui feliz com meu corpo. Nem quando eu era magra, mas não enxergava ou quando no auge da juventude, fiquei obesa, trancada em casa chorando com uma caixa de paçoca no colo.

Perdi anos que tinham tudo pra ser os melhores da minha vida…Pelo menos ainda tenho tempo, ainda sou jovem e não vou passar mais nenhum minuto da minha vida tendo pena de mim mesma. Ainda quero emagrecer, sim, mas hoje tenho consciência que amor próprio e felicidade não têm a ver com quilos marcados em uma balança.

Beijos, Tainá”

Em tempo: o instagram dela é: @tainaangelini

Pra me seguir, @canseidesergorda_ e pra me contar sua história: chrismartinez@butiquedeletras.com.br (mas calma, eu respondo no tempo que dá).

 

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