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Na última semana, São Paulo registrou recorde de novos casos de Covid

O valor é o maior no estado desde o começo da pandemia; média móvel de mortes diárias também cresce

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
18 jan 2021, 16h29

O estado de São Paulo registrou entre o dia 10 e 16 de janeiro o maior número de novos casos de Covid-19 em uma semana desde o começo da pandemia, com 79.106 confirmações. A média ficou em 11.301 casos por dia.  O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, comentou o recorde negativo em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (18).

“No número de casos, foi a nossa pior semana. Tivemos uma elevação de 9% em relação à semana anterior. Mesmo naquele momento em que testávamos mais, e que chegamos ao nosso pico, que aconteceu na 33ª semana epidemiológica (de 9 a 15 de agosto), já superamos este montante. Já superamos o número de casos no pico que nós tivemos naquela semana, trigésima terceira”. 

A média móvel de mortes diárias também cresceu. A medida que considera os registros de óbitos dos últimos sete dias chegou a 230 nesta segunda-feira (18). O valor é o maior desde o dia 23 de agosto do último ano e representa um crescimento de 57% em relação ao registrado há 14 dias. Essa média está há dez dias acima de 200, o que não acontecia desde o dia 16 de setembro.  

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, 42 novas mortes por Covid-19 foram registradas nas últimas 24 horas, com um total de 49.987 óbitos confirmados no estado pela doença. O número de casos alcançou 1.628.272 e 2.933 novos registros foram feitos nas últimas 24 horas.

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Conta do réveillon

Duas semanas após as festas de fim de ano, o número de internações causadas pela Covid-19 está em alta. Em São Paulo, o governo endureceu a quarentena em oito regiões na sexta-feira (15): 43 municípios paulistas registram ocupação de leitos de UTI acima de 80%. A situação é delicada em todo o estado. Em Franca, por exemplo, entre o dia 21 de dezembro e 14 de janeiro, houve aumento de 265% no número de internações.

“Isso era previsível. As festas de fim de ano aceleraram muito”, afirma o professor titular de infectologia da Universidade Federal de Uberlândia, Marcelo Simão Ferreira. A pedido da Vejinha, a pesquisadora da plataforma SP Covid-19 Info Tracker (iniciativa do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Industria CeMEAI; USP e Unesp), Marilaine Colnago, realizou um levantamento sobre as regiões que regrediram no Plano São Paulo.

A região de Marília, com 83,2% de ocupação dos leitos de UTI, foi a única que voltou para a chamada Fase Vermelha do plano: abertura apenas de comércios classificados como essenciais. Juntas, Marília e a vizinha Assis tiveram um aumento de 97,2% no número de internações na comparação entre 14 de dezembro e 14 de janeiro: de 72, as cidades saltaram para 142 pacientes.

No mesmo período a região de Araçatuba, com 57,1% dos leitos de UTI ocupados, teve um aumento de 150% no número de internados (28 para 70). O governo levou a área para a Fase Laranja. “Vários dos meus pacientes internados relataram que resolveram viajar, fazer festa. Assumiram o risco. Várias pessoas da família ficaram doentes, a gente vê na prática o resultado dessa aglomeração”, conta Renato Ginbraum, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia que atende em um hospital privado da capital.

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Falando na cidade, São Paulo não regrediu no Plano. Os paulistanos se mantiveram na Fase Amarela, com o funcionamento de bares e restaurantes, o que não quer dizer que a situação por aqui esteja morna. Em um mês a cidade passou de 1867 internados para 2143, uma alta de 14,8%. Se compararmos com 21 de dezembro, quando o número de internados diminuiu (1842), a alta em comparação a 14 de janeiro foi de 16,3%. A taxa de ocupação de leitos de UTI por aqui é de 69%.

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