João Gabbardo prevê recorde de mortes em ‘alta escala’ nesta terça
Coordenador do Centro de Contingência pede que Marcelo Queiroga não se posicione contra lockdown; São Paulo bateu marca de 600 mortes por Covid
João Gabbardo, médico e coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, criticou o novo ministro da saúde, Marcelo Queiroga, em sua conta no Twitter na manhã desta terça-feira (16), e também previu recorde em ‘alta escala’ no Brasil para os números da Covid-19.
Queiroga assume a pasta deixada por Pazuello. Gabbardo repudiou as falas em que o novo ministro descarta a possibilidade de lockdown no país. Queiroga também disse que ‘ministro da saúde executa a política de governo’. “Quando assumir vai se deparar com os piores números da pandemia. Recorde de óbitos hoje será em alta escala”, disse o médico do Centro de Contingência de SP.
Novo ministro assume falando na possibilidade do uso de cloroquina e etc.., descarta lockdown. Hoje, 16/3, quando assumir vai se deparar com os piores números da pandemia. Recorde de óbitos hoje será em alta escala. Sugestão: não se posicione contra o lockdown nacional.
— Gabbardo (@GabbardoJoao) March 16, 2021
A crítica vem após o estado de São Paulo ultrapassar a marca das 600 mortes diárias por Covid-19 e bater recorde. Nas últimas 24 horas, foram registrados 679 óbitos por causa da doença. Os números recordistas em âmbito nacional que Gabbardo projeta sairão nesta terça ao final do dia e SP deve continuar com registros altos de mortes.
O recorde anterior tinha sido na sexta (12), com 521 mortes. A escalada de casos tem sido rápida: os óbitos diários ficavam abaixo dos 400 no mês passado e de uma semana para a outra essa estatística saltou 28,2% em São Paulo. A taxa atual de ocupação de UTIs no estado é de 89%. Na região metropolitana, ela chega a 90%.
Nesta segunda (15), o estado entrou em uma fase emergencial mais restritiva, mas o governador João Doria não descarta a possibilidade de medidas ainda mais severas para conter o avanço do coronavírus e diminuir as taxas de ocupação nos hospitais caso a fase atual não surta o efeito esperado.
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