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Pfizer rejeita fornecer vacinas direto para Doria

Empresa informa em nota que sua vacina contra a Covid-19 é um bem que deve ser oferecido à população em geral

Por Clayton Freitas
Atualizado em 17 dez 2021, 19h36 - Publicado em 17 dez 2021, 18h17
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  • A Pfizer informou que manterá as tratativas para fornecimento de lotes de vacinas de Covid-19 nos três contratos que fechou com o governo federal. A informação foi divulgada em nota enviada no final da tarde desta sexta-feira (17).

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    Em ofício encaminhado nesta quinta (16), o governo estadual manifestou interesse em adquirir as vacinas da Pfizer para aplicação em crianças de 5 a 11 anos de idade. A intenção do governador João Doria (PSDB) era de fazer a compra direta.

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    Apesar de não mencionar textualmente que rejeitou o pedido, a resposta da Pfizer é, na prática, uma negativa na intenção de Doria.

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    “Entendemos que a vacina da Pfizer/Biontech contra a Covid-19 é um bem que deve ser oferecido à população em geral, por isso sempre estivemos comprometidos a trabalhar em colaboração com os governos em todo o mundo para que a ComiRNaty seja uma opção na luta contra a pandemia, como parte dos programas nacionais de imunização”, informa trecho da nota.

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    Em nota a gestão Doria informou entender que o contrato que a empresa mantém com a União não inviabiliza que outros governos busquem negociações. “E manifestem interesse num imunizante crucial para salvar mais vidas e garantir a proteção também das crianças”, informa nota emitida pelo Palácio dos Bandeirantes na noite desta sexta-feira.

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    O ofício com o pedido de negociação direta foi assinado pelo médico Eduardo Ribeiro Adriano, secretário estadual de Saúde do Estado de São Paulo em exercício. O documento foi endereçado a Redson Silva, gerente regional de negócios em vacinas da farmacêutica.

    O pedido foi encaminhado no mesmo dia em que ocorreu a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso da vacina da Pfizer em crianças.

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    Nesta sexta-feira (17), a empresa informou ainda ter fechado três contratos de fornecimento com o governo brasileiro, sendo o último deles assinado no dia 29 de novembro com 100 milhões de doses e entregas previstas para 2022. “Esse contrato já engloba o fornecimento de novas versões da vacina, inclusive para diferentes faixas etárias”, diz a empresa.

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    Ainda segundo a Pfizer, a companhia continuará as tratativas com o governo federal para definir as próximas etapas do fornecimento do contrato 2022.

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    O governo estadual informou que mesmo após o posicionamento da farmacêutica, continuará em diálogo permanente com a empresa para adquirir as doses tão logo esteja autorizada a importação dos primeiros lotes da nova apresentação deste imunizante.

    A gestão Doria ainda criticou o governo federal pelo fato de não ter perspectiva de oferta das vacinas e disse aguardar que a Anvisa aprove a utilização da CoronaVac no público de 3 a 17 anos.

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    Diferença

    A versão aprovada para uso em crianças de 5 a 11 a nos tem dosagem e composição diferentes daquela usada para os maiores de 12 anos. Para pessoas maiores de 12 anos, a tampa é da cor roxa e as doses possuem 0,3ml.  Já para crianças com idade inferior a 12 anos, ela contém 0,2ml e a tampa do frasco é laranja.

    O esquema de conservação também é diferente, já que pode ficar por até 10 semanas em temperatura de 2º a 8ºC.

    O imunizante já é usado para essa faixa etária nos EUA desde outubro. Ainda não há previsão de quando, e talvez se, ele será usado no Brasil.

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    Isso porque o próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, questionou a avaliação dos técnicos da Anvisa.

    Apesar do aval da agência, é o Ministério da Saúde o responsável por incluir ou não a vacina no PNI (Programa Nacional de Imunizações).

    Também nesta sexta-feira, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski, deu 48 horas para que o governo Jair Bolsonaro explique o plano para inserir as vacinas contra Covid para crianças no PNI.

    A decisão do ministro ocorreu após pedido feito  à corte pelo PT, que quer obrigar a pasta a incluir o imunizante.

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    Além do STF, as defensorias públicas de São Paulo e da União encaminharam ofícios à Secretaria Estadual de Saúde e ao Ministério da Saúde para pedir informações sobre a vacinação nessas faixas etárias. Os órgãos deram dez dias para a resposta.

     

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