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Junho Lilás reforça a importância do Teste do Pezinho em meio à pandemia

Imunologista explica a importância da triagem neonatal completa para diagnosticar imunodeficiências em bebês

Por Fernanda Campos Almeida
Atualizado em 27 Maio 2024, 18h08 - Publicado em 11 jun 2020, 15h30
 (APAE/Divulgação)
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Para ampliar o acesso da população ao Teste do Pezinho Ampliado, nome popular da triagem neonatal, o Instituto Jô Clemente (antiga APAE) e a Unisert lançam no mês de junho a quarta edição da campanha Junho Lilás, com a hashtag #VamosDarMaisUmPasso. 

O exame oferecido na rede pública pelo Sistema Único de Saúde (SUS) contempla a análise de somente seis doenças (Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Fibrose Cística, Anemia Falciforme e demais Hemoglobinopatias, Hiperplasia Adrenal Congênita e Deficiência Biotinidase).

Já o teste ampliado, disponível apenas em maternidades privadas, serve para identificar até 50 doenças, incluindo algumas raras que demandam intervenções clínicas emergenciais, antes dos sintomas aparecerem. O procedimento é feito com a coleta de sangue no calcanhar do bebê, no período a partir de 48 horas após o parto até o quinto dia depois do nascimento.

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“Em tempos de pandemia, é necessário que os bebês tenham acesso a exames mais completos, para evitarmos sequelas e problemas sérios de saúde na criança”, diz o médico imunologista Antonio Condino Netto. “Estamos nos movimentando para que a Agência Nacional de Saúde (ANS) e o Ministério da Saúde (MS) insiram no rol dos exames obrigatórios o Teste do Pezinho Ampliado”, explica.

O Instituto Jô Clemente é responsável pela realização da triagem de 80% dos bebês nascidos na capital paulista e 67% dos recém-nascidos do Estado de São Paulo, por meio do SUS (293 mil) e de maternidades e hospitais privados (103 mil, sendo 28% de testes ampliados).

Netto também afirma que que uma criança triada, tratada e curada de Imunodeficiência Combinada Severa (SCID) até os três meses de idade representa à medicina privada cerca de R$ 1 milhão em decorrência de todos os procedimentos adotados, que incluem transplante de medula óssea e acompanhamento clínico. Entretanto, se não houver a triagem e, consequentemente, a intervenção clínica adequada, esse custo pode chegar a R$ 4 milhões e com grandes chances de o bebê ir a óbito antes de um ano de vida.

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(APAE/Divulgação)
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