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Indígena de 8 anos é a primeira criança vacinada contra Covid no Brasil

Davi Seremramiwe Xavante tem problema genético que dificulta a sua locomoção

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 jan 2022, 13h50 - Publicado em 14 jan 2022, 13h18

A primeira criança vacinada contra a Covid-19 no Brasil é um indígena de oito anos de idade. Davi Seremramiwe Xavante tem problema genético que dificulta a sua locomoção. Ele é filho do cacique cacique Jurandir Siridiwe, de uma tribo xavante do Mato Grosso.

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O garoto atualmente mora em Piracicaba (interior de São Paulo). Na cidade ele fica sob os cuidados de uma tutora, a pesquisadora Fernanda Viegas Reichardt, já que seu pai fica na tribo, em mato Grosso.

A imunização ocorreu no HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), onde a enfermeira Mônica Calazans foi vacinada no dia 17 de janeiro de 2021, sendo a primeira brasileira a receber uma dose de vacina contra a Covid-19.

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A vacinação em Davi e algumas outras crianças no HC foi simbólica, já que o lote de 234 mil vacinas pediátricas da Pfizer recebidas pelo estado de São Paulo chegaram somente no final da manhã desta sexta-feira. A distribuição aos municípios só deve começar nesta tarde.

A cidade de São Paulo, por exemplo, só tem previsão de receber cerca de 60 mil doses no final da tarde. Com isso, é provável que só comece a vacinação de crianças de 5 anos a 11 anos apenas na segunda-feira (17).

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Além de ser indígena, que é um dos públicos prioritários para receber o imunizante ao lado de crianças com comorbidades e deficiências, Davi tem um problema genético que limita a sua locomoção. Para andar, ele precisa da ajuda de uma órtese. Ele é tratado no Instituto da Criança do HC.

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Durante nove meses, seu pai, o cacique Jurandir Siridiwe, precisou viajar de Mato Grosso a São Paulo para trazer o filho para fazer tratamento.

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Para facilitar a sua locomoção, desde o início do ano passado ele mora com uma tutora na cidade de Piracicaba, no interior. Ele mora com Fernanda Viegas Reichardt, que o acompanha nas consultas que o garoto precisa passar nas áreas de neurologia e reabilitação.

Além de passar por tratamento, o caso de Davi é alvo de estudos dos especialistas do Instituto da Criança. Isso porque ele não é o único de sua tribo com esse problema. Os especialistas que avaliam o seu caso querem entender os motivos que levam a essa situação.

Grupo prioritário
Embora o governo estadual tenha uma rede de mais de 5 mil pontos de vacinação capazes de atender mais de 250 mil crianças ao dia, o lote de 234 mil vacinas pediátricas da Pfizer recebidas nesta sexta-feira (14) é suficiente para atender cerca de um quarto do público prioritário no estado, de cerca de 850 mil crianças.

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No total, a estimativa é que o estado de São Paulo tenha 4,3 milhões de crianças das cerca de 20 milhões do país.

A decisão do governo estadual de atender apenas a públicos prioritários segue a recomendação do PNI (Programa Nacional de Imunizações).

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Novos lotes do imunizante devem ser encaminhados apenas a partir da próxima semana.

O cadastro no site Vacina Já está aberto. Ele é opcional e não é um agendamento, porém, agiliza em até 90% o prazo de espera na fila para a imunização. Para cadastrar os filhos, os pais ou responsáveis nsáveis devem acessar o site https://www.vacinaja.sp.gov.br/ Lá, deve clicar no botão “Crianças até 11 anos” e preencher o formulário.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, em 24 horas de funcionamento –entre a última quarta-feira (12) e quinta-feira (13)– foram mais de 230 mil crianças cadastradas com a média de 160 registros por minuto.

Comorbidades
A lista de comorbidades é definida pelo Ministério da Saúde. Confira quais são:

Confira abaixo a relação de comorbidades

  • insuficiência cardíaca;
  • cor-pulmonale e hipertensão pulmonar;
  • cardiopatia hipertensiva;
  • sídrome coronarianas;
  • valvopatias;
  • miocardiopatias e pericardiopatias;
  • doença da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas;
  • arritmas cardíacas;
  • cardiopatias congênitas;
  • próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados;
  • talessemia;
  • síndrome de down;
  • diabetes mellitus;
  • pneumopatias crônicas graves;
  • hipertensão arterial resistente e de artéria estágio 3;
  • hipertensão estágios 1 e 2 com lesão e órgão alvo;
  • doença cerebrovascular;
  • doença renal crônica;
  • imunossuprimidos (incluindo pacientes oncológicos);
  • anemia falciforme;
  • obesidade morbida;
  • cirrose hepatica;
  • HIV

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