Pesquisa diz que frascos da CoronaVac renderam menos que o esperado em SP
Segundo Conselho de Secretários Municipais de Saúde, falta de padronização nas seringas e agulhas impactam no desperdício da vacina
De acordo com um levantamento feito pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems/SP), frascos da vacina CoronaVac não estão rendendo o esperado. A nota foi publicada nesta segunda-feira (17).
A pesquisa destaca que 44,4% dos 328 frascos analisados não chegaram ao rendimento de 10 doses, o que é preconizado pelo Instituto Butantan, fabricante e distribuidor do imunizante. A análise foi feita nos municípios de Araçatuba, Araraquara, Cravinhos, Descalvado, Francisco Morato, Franco da Rocha, Mogi Mirim, Santana do Parnaíba e Votorantim.
Em março deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o laboratório brasileiro a diminuir o volume dos frascos multidoses de 6,2 ml para 5,7 ml, quantidade ainda suficiente para 10 doses com uma pequena sobra de 0,2 ml.
No entanto, segundo o Cosems, as seringas e agulhas utilizadas pelos serviços de saúde não seguem o melhor padrão para administrar o controle da vacina. Algumas seringas possuem espessura de 3 ml, o que causa maior imprecisão na hora aplicação do que as com espessuras de valores inferiores.
Entre as alternativas para solucionar o problema, segundo a entidade, uma delas seria padronizar todas as seringas para o modelo de 1 ml, em que há o menor desperdício, ou envasar 5,9 ml da CoronaVac por frasco, dando maior margem para garantir o rendimento previsto.
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