Continua após publicidade

Com avanço da Covid e doenças sazonais, hospitais estão sob pressão

A alta demanda já é realidade nas redes pública e privada da capital e unidades se desdobram para atender pacientes

Por Clayton Freitas
Atualizado em 27 Maio 2024, 21h50 - Publicado em 24 jun 2022, 06h00
Atendimento no Hospital Infantil Sabará, em Higienópolis
Sazonal: Dom, de 2 anos, é atendido no hospital Sabará (Alexandre Battibugli/Veja SP)
Continua após publicidade

A primeira vez que Ana Carolina Dias, mãe de Dom, de 2 anos, levou o filho a um pronto-socorro foi na última segunda-feira, 20. Temerosa da dificuldade do menino em respirar, ela pediu que ele fosse examinado. “Desde que nasceu nunca vim. Mas com essa mudança no tempo, fiquei preocupada.”

+ São Paulo confirma mais dois casos de varíola dos macacos no estado

A alta demanda de atendimentos de casos como o de Dom levou o Sabará Hospital Infantil, em Higienópolis, a adotar um plano de contingência para priorizar crianças com condições mais graves e monitorar dezoito tipos de vírus. “O que temos visto é um número muito alto e variedade de vírus”, diz o infectologista Francisco Ivanildo de Oliveira Junior, gerente médico da unidade.

Além de lidar com o tradicional aumento de demanda devido às chamadas doenças sazonais respiratórias comuns do outono e inverno, o que faz elevar o tempo de espera dos pacientes, as unidades de saúde precisam conciliar a pressão exercida pelo crescimento dos casos de Covid.

Apesar de o avanço da vacinação deixar o cenário bem diferente dos outros picos da doença (o que inclui o surto de influenza no começo deste ano), a situação merece cuidado, segundo explica o médico Pedro Henrique Loretti, diretor-geral do hospital Vila Nova Star, na Vila Nova Conceição. “Atenção e monitoramento diário são necessários, sobretudo dos casos de emergência e positividade dos testes, que têm atingido 50% dos pacientes assintomáticos”, afirma. A demanda levou a unidade, ligada à rede D’Or, a reabrir leitos de UTI Covid.

Continua após a publicidade

O Sírio-Libanês vem apresentando alta demanda no pronto-socorro, já que, em média, são realizados 130 atendimentos por dia de pessoas com sintomas respiratórios. Destes, 30% acabam sendo confirmados como Covid. O hospital também teve alta no número de internações em leitos de UTI Covid.

+ Estudo avalia eficácia de doses menores para reforço contra Covid-19

No caso do Hospital Israelita Albert Einstein, a quantidade de pacientes internados com Covid avançou 34% no período de catorze dias. O número médio de pessoas que apresentam queixa respiratória tem sido de 260 por dia.

As secretarias Municipal e Estadual de Saúde informaram ser esperada a alta de demanda de atendimentos por doenças respiratórias nesta época do ano. Na capital, a taxa de ocupação dos leitos de UTI Covid é de 70%, e de enfermaria, 61%. No estado, os índices são de 52,6% de UTI e 48,6% de enfermaria.

Continua após a publicidade

+Assine a Vejinha a partir de 12,90. 

Publicado em VEJA São Paulo de 29 de junho de 2022, edição nº 2795

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.