135 infectados morreram à espera de leito de UTI para Covid em SP

Jovem de 25 anos sem comorbidades e garoto de 3 anos estão entre as vítimas

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
20 mar 2021, 10h30

Imagem mostra UTI do Hospital das Clínicas, onde um paciente está deitado na maca e um grupo de profissionais da saúde trocam informações

Até a última sexta-feira (19), ao menos 135 contaminados pelo coronavírus morreram à espera de um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no estado de São Paulo. Municípios de Franco da Rocha e Taboão da Serra, na Grande São Paulo, registram 15 mortes cada um, maior número até o momento. O levantamento é do G1, da TV Globo e da GloboNews.

De acordo com a Secretaria da Saúde, os pacientes aguardavam uma vaga no sistema de regulação de transferências, mas não resistiram. Um menino de três anos e uma jovem de 25, sem comorbidades, estão entre as vítimas.

A quantidade de pessoas na fila de espera mais do que dobrou em uma semana. No dia 11 deste mês, foram registradas ao menos 44 casos em 15 cidades. Ontem (19), o número passou para 104 em 18 municípios.

Os últimos índices indicam que a ocupação geral de leitos de UTI nas redes pública e privada está em 91,4% no estado e em 91,6% na Grande São Paulo.

“O governo de SP tem investido na ampliação de leitos e somente neste mês anunciou a abertura de mais de 1 mil leitos e 12 hospitais de campanha. Até abril, o estado terá mais de 9,2 mil leitos de UTI, contra 3,5 mil antes da pandemia. Ainda assim, é importante que a população respeite a Fase Emergencial do Plano São Paulo, use máscaras, respeite o distanciamento social e fique em casa”, diz a Secretaria da Saúde em nota.