Uso de táxi cresce 55% em cinco anos; bicicleta avança só 7%
Pesquisa referente ao período entre 2007 e 2012 aponta ainda um incremento de 62% nas viagens em trens da CPTM
O paulistano está usando cada vez mais o táxi para se locomover. Em 2007, esses veículos realizavam 102 000 viagens diárias na capital. Em 2012, foram 158 000, um crescimento de 55%. Em média, cada usuário percorre sete quilômetros em trinta minutos.
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Já a bicicleta avançou pouco no período, apesar do incremento de ciclofaixas de lazer e dos bicicletários em prédios corporativos. Entre 2007 e 2012, o número de viagens diárias realizadas com bikes subiu de 310 000 para 333 000 – variação de aproximadamente 7%.
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Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (10) pela Secretaria de Transportes Metropolitanos, dentro da Pesquisa de Mobilidade, realizada pelo Metrô. O estudo apontou também que o transporte individual cresceu mais que o coletivo nesses cinco anos.
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A maior variação percentual entre meios de transporte foi o de trens da CPTM: 62%. A Secretaria dos Transportes Metropolitanos atribui parte do aumento às obras de expansão na Linha-9 Esmeralda, que hoje vai até ao Grajaú. O uso do metrô cresceu 45%. O de ônibus, 8%. Como o levantamento se refere ao intervalo entre 2007 e 2012, o efeito das faixas de ônibus implantadas na gestão de Fernando Haddad, iniciada no ano seguinte, não pode ser mensurado.
Renda e transporte
A pesquisa também apontou para uma pequena mudança no perfil socioeconômico das pessoas que utilizam os transportes coletivos. Enquanto os de menor renda migraram para os transportes individuais, famílias mais abastadas dão mais preferência para o transporte coletivo.
Em 2007, 26,4% das pessoas com renda familiar de até 1 244 reais utilizavam o transporte individual, percentual que caiu para 25,2% em 2012.
Já os indivíduos com renda familiar de mais de 9 330 reais seguem no sentido contrário . Em 2007, 17,8% dessa parcela da população escolhia ônibus, trens e afins para se locomover. Em 2012, foram 24,1%.
Para Jurandir Fernandes, secretário dos Transportes Metropolitanos, a mudança se deveu ao aumento do poder de compra da classe média baixa, à maior facilidade na aquisição de veículos e às “melhorias” nas condições dos transportes coletivos nos últimos anos.
“O aumento do uso de coletivos pelas pessoas com renda maior é um crescimento importante”, comentou nesta segunda em entrevista coletiva. “Ela mostra que, se o transporte tiver melhores condições, as pessoas irão usá-lo.”