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Roger Abdelmassih chega no Aeroporto de Congonhas

“Vim dar boas-vindas ao inferno para ele”, disse uma das vítimas que aguardavam o desembarque do médico

Por Redação VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 14h10 - Publicado em 20 ago 2014, 17h06

O médico Roger Abdelmassih chegou ao Aeroporto de Congonhas às 15h45 desta quarta-feira (20). Escoltado pela polícia e com um colete à prova de balas, ele seguiu rapidamente para o ambulatório para fazer exame de corpo de delito. Logo após, ele será levado para a Penitenciária II de Tremembé, no interior paulista.

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Entre jornalistas e curiosos que estavam no local, algumas vítimas do médico fizeram questão de acompanhar a chegada dele em São Paulo. “Vim dar boas-vindas ao inferno para ele”, disse estilista Vanuzia Leite Lopes, uma das fundadoras da Associação “Vítimas de Roger Abdelmassih”, criada em 2011.

Com o boletim de ocorrência na mão e um sorriso no rosto, Vanuzia comemorou muito a prisão do médico, que estava foragido desde 2011. “Estou aqui para representar todas as vítimas”.

De acordo com ela, a associação auxiliou com as investigações. “No início, recebemos denúncias anônimas de Jaboticabal de pessoas que têm desavenças com a família de Larissa (Sacco, mulher do médico).”

+ Roger Abdelmassih será levado para Tremembé

Vanuzia afirma que foi abusada sexualmente por Abdelmassih em 1993. “Estava na minha terceira tentativa de inseminação”. Na época, ela registrou o boletim de ocorrência, mas só em 2007 descobriu que outras pessoas tinham passado pelo mesmo problema.

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Prisão

Condenado a 278 anos de prisão em 2010 por 52 estupros e quatro tentativas de abuso contra pacientes, Abdelmassih foi detido na tarde de terça-feira (19) pela Secretaria Nacional Antidrogas paraguaia em parceria com a Polícia Federal brasileira. A prisão ocorreu na Rua Guido Spano, no bairro nobre Villa Morra. Ao lado da esposa, o médico buscava seus dois filhos na escola.

Foragido desde 2011, Abdelmassih aparecia no topo da lista dos criminosos mais procurados do Estado de São Paulo e estava entre os 160 brasileiros buscados pela Interpol. A recompensa prometida para quem divulgasse alguma informação sobre o seu paradeiro era de 10 000 reais.

No início de 2009, veio à tona a notícia de que Roger Abdelmassih estaria sendo investigado por crime sexual contra suas pacientes. Após julgamento, em 2010, ele foi condenado a 278 anos de prisão por 52 estupros e quatro atentados ao pudor contra pacientes.

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Abdelmassih foi detido em agosto de 2009 e solto em dezembro, após quatro meses na cadeia, quando o então presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, acatou o pedido de habeas corpus feito por seus advogados. Em 2011, após um novo pedido de prisão, o médico foi declarado foragido pela Justiça.

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