Movimentos fazem ato pró-Dilma na Paulista
Organizadores também vão pedir mudanças na política econômica do governo e cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha
Sindicatos e movimentos sociais contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff já se mobilizam para ato na Avenida Paulista na tarde desta quarta (16).
+ Grupos marcam manifestação pelo impeachment no dia 13 de dezembro
Apesar do pedido de trégua feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os organizadores decidiram incluir na pauta pedido de mudanças na política econômica do governo Dilma. Além disso, os manifestantes vão cobrar que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo de processo por quebra de decoro no Conselho de Ética da casa e de inquéritos no Supremo Tribunal Federal por desvios de dinheiro, deixe o cargo.
+ Merchandising em Carrossel rende multa de 700 000 reais ao SBT
Centenas de sindicalistas se reuniram com Lula no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, no último dia 7, para definir a estratégia. Entre eles estavam representantes das principais centrais sindicais como Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central das Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil (CTB), Nova Central e até da Força Sindical.
“Mesmo com as críticas em relação à situação econômica, a manutenção do governo é fundamental para garantir o respeito ao voto popular”, disse o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
Um dos desafios dos organizadores é ampliar a participação popular para além dos grupos historicamente ligados ao PT. Por isso foram convidados representantes de entidades que já se posicionaram contra o impeachment como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).
No último domingo (13), movimentos anti-Dilma organizaram ato na Paulista que reuniu 30 000, segundo a Polícia Militar.