Palhaço. É essa a profissão que o ator, diretor e um dos criadores do grupo de teatro Parlapatões assume ao preencher fichas de hotel. Mais correto seria responder “agitador cultural”. Capixaba de 47 anos radicado em São Paulo desde os 6 meses de idade, ele é um dos responsáveis pela revitalização cultural da Praça Roosevelt, onde tem um apartamento. Desde 2006, quando os Parlapatões abriram seu teatro com bar ao lado do Espaço dos Satyros, a área se consagrou como o maior polo de teatro alternativo da cidade (apesar das preocupações com a segurança desde que o dramaturgo Mário Bortolotto foi baleado durante um assalto no último dia 5). Neste ano, além das quase 100 apresentações da peça O Papa e a Bruxa, a 34ª nos dezenove anos da companhia, o palco italiano do número 158 da praça exibiu outros 27 espetáculos para 22 500 pessoas. Possolo também foi cocriador do Circo Roda Brasil, que abriu o Memorial da América Latina para montagens como Oceano, com quarenta apresentações para 27 000 pagantes. Um dos cabeças da nova SP Escola de Teatro, que funcionará na Roosevelt em 2010, Possolo teve outra iniciativa de peso neste ano. Ao lado de Sandro Chaim, da Chaim Produções, criou a Festa do Teatro, iniciativa que distribuiu gratuitamente 33 000 ingressos de 100 peças em São Paulo. “Busco somar forças para difundir o teatro e contribuir com a cidade.”